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Um oceano de supermercados.

por Fernando Lopes, 7 Dez 16

Antigo como sou, recordo-me da única cadeia de supermercados da cidade, «Invictus». Na infância a maioria das compras eram feitas na mercearia mais próxima. Quando a solenidade da ocasião assim o exigia, ia pela mão da avó às mercearias finas do Bonjardim. Embora muito desse comércio tradicional se tenha modernizado, transformado em gourmet, agora pelo Natal irei comprar queijo da serra e frutos secos a um dos estabelecimentos tradicionais sobreviventes. O cúmulo da finesse era ir ao «Augusto» da Foz, que ainda hoje existe. Esse foi o pioneiro do comércio de produtos alimentares premium, só se frequentava para compras muito especiais. Vem-me isto à cabeça porque deparei com a inauguração de dois «Continente» quase em simultâneo. Esgotado o modelo dos hipermercados, criam-se áreas mais pequenas em cada canto e esquina. Não sei se existirão clientes para tanta comida, mas havemos de arrotar só da visão de tanta loja alimentar.

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7 comentários

De alexandra g. a 07.12.2016 às 19:31

"Não sei se existirão clientes para tanta comida, mas havemos de arrotar só da visão de tanta loja de comida."

Que delícia de afirmação :)
Arrotemos, portanto :)))

De Fernando Lopes a 07.12.2016 às 19:43

Burppp! Arrotemos pois, e que o fétido das nossas tripas entre narinas adentro dos Soares dos Santos e Belmiros desta vida. 

De alexandra g. a 07.12.2016 às 19:54

... e respectiva descendência, que aquele exército económico (grupo é demasiado popularucho) de "élite" assegura com uma perseverança férrea o aterro em que tudo se tornará para o comum dos mortais.

De Fernando Lopes a 07.12.2016 às 20:05

É uma espécie de monarquia dos negócios. Por muito poderio que exista, a mentalidade é a de deixar herança aos descendentes, como se os vivos tivessem capacidade para esgotar o(s) milhar(es) de milhões acumulados. 

De Anónimo a 08.12.2016 às 16:31

Vivia na foz velha e comprava vitualhas no augusto. Certa vez um dos funcionários abordou-me na cave dos enchidos engarrafados e disse "o senhor arquitecto precisa de um copo e saca-rolhas ou é para embrulhar".
Filipe da cantareira

De Fernando Lopes a 08.12.2016 às 21:04

Escusado será dizer que foi para consumo fora do estabelecimento... certo?

De Anónimo a 09.12.2016 às 11:22

Não me lembro, Nando.
Filipe seca adegas

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