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Tenda.

por Fernando Lopes, 23 Nov 16

tenda.jpg

 

Sem grande azul entre as minhas nuvens, dedico-me a observar. Na rua Júlio Dinis, Boavista, sobrevivem algumas sapatarias caras, uma ou outra loja de roupa. À noite, as fachadas dos edifícios permitem que alguns sem-abrigo ali façam algo similar a uma casa. Depois, logo pela manhã, arrumam os cartões que serviram para mitigar o frio e esconder o desespero. Hoje, num desses quartos a céu aberto, existia uma tenda que já serviu de brinquedo. Pelas cores garridas, pelo contraste, vi um toque de alegria no negro do drama.

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6 comentários

De Ana A. a 23.11.2016 às 19:49

Depois, não devemos ficar zangados com aqueles que se insurgem contra a vinda de refugiados. É que eu não acredito que este modo de vida seja voluntário. Apesar de já ter ouvido afirmar que a maior parte dos sem-abrigo prefere viver assim do que aceitar regras que lha são impostas!! A menos que lhes imponham regras inaceitáveis, precisamente para serem recusadas.

De Fernando Lopes a 23.11.2016 às 21:38

Uma coisa não tem nada a ver com a outra, com solidariedade de todos há dinheiro para apoiar refugiados e sem-abrigo, aliás há dinheiro para todos vivermos bem, não fosse a ganância infinita de uns quantos que contam a fortuna em milhares de milhões. Haverá um minoria que tem o espírito da vagabundagem, que não é necessariamente a vida de um sem-abrigo.


Abraço.

De Anónimo a 24.11.2016 às 11:10

Que não se atrevam a cobrar IMI.
Filipe já sabes qual

De Fernando Lopes a 24.11.2016 às 18:56

Os gajos não têm essa audácia.

De Pequeno caso sério a 24.11.2016 às 18:47

É uma situação que mexe sempre comigo. 
Pensar no que aconteceu àquela pessoa para ficar assim. Penso sempre que podia ser eu...ou um dos meus.
Quando chega o frio ainda mais penso nisso enquanto me aqueço à lareira . Coisas tão básicas,  que temos como garantidas e por isso não lhes damos o devido valor.
Outra situação que me aflige é o abandono dos animais.
Há um cão nessa condição que se cruza comigo todos os dias. Pára pelo café que frequento . O olhar do bicho toca - me. Mesmo sabendo que está cheio de bicheza sou incapaz de não lhe fazer uma festa. Ele lá abana o rabido como que a agradecer. Se pudesse trazia - o para casa.


Não sei o que me incomoda mais: se ver estas duas situações,  Se a indiferença de quem passa.

De Fernando Lopes a 24.11.2016 às 19:00

Não podemos ter a pretensão de resolver todos os problemas do mundo, mas este é um que pode - e deve - ser resolvido. O abandono dos animais é outro problema com que a sociedade não sabe lidar. A União Zoófila está em falência, as pessoas não têm tempo para dedicar ao animais. Sim, um animal, mais que comida ou abrigo, exige carinho e disponibilidade. 

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