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Existem cada vez menos surpresas. As apps, facebook, blogues e outros media passam a vida a aconselhar-nos sobre o que fazer, que ver, que ler, onde comer. Ainda sou do tempo em que a melhor recomendação era o passa-palavra, no cinema, livros, locais para visitar, restaurantes e bares. Hoje, tanto na internet como na imprensa tradicional pululam os «guias de lazer» que nos dizem tudo o que fazer, onde e quando. Repare-se que também a minha geração não ficou imune. Tenho no telemóvel uma lista de (quase todos) os restaurantes do país. Se me convidam para um sítio desconhecido, raramente resisto a uma pesquisa. Resultado: quando chego ao local raras são as estranhezas que me esperam.

 

Não há muito os amigos desempenhavam um papel fundamental nestas descobertas, hoje vamos a uma exposição porque alguém lá esteve e postou no facebook, porque lemos num roteiro, ou até porque a página tem imensos likes.

 

Isto mata a capacidade de nos surpreendermos com um autor, um filme, um restaurante, um bar. As máximas «fazer um desvio de 100 kms para ir a um restaurante não é um desvio é ir na direcção certa» ou «Na dúvida escolhe sempre sítios com nome de gente. Normalmente há sempre alguém com esse nome, que se responsabiliza e dá a cara» são coisas cada vez mais distantes.

 

Fica aqui a promessa solene que vou deixar de coscuvilhar sobre os sítios, à moda antiga quero ter o impacto de não saber nada sobre o destino e simplesmente saborear o prazer da surpresa e descoberta. 

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