Diário do Purgatório © 2012 - 2014
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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 5 Abr 16
Está a tasca temporariamente suspensa devido a um computador que faleceu em serviço. Vai a coisa para arranjar logo que possível. Aguardando imensas lágrimas dos meus queridos leitores, prometo que o interlúdio será tão breve quanto possível.
por Fernando Lopes, 29 Jul 14
Antigamente as bicicletas eram coisa de pobre, de operário da construção civil, sobretudo. Os que andavam a pedal ambicionavam conduzir uma V5 ou Zundapp. Depois os ciclistas viraram moda. Passou a ser hype andar por aí a passear com bicicletas de milhares de euros, armado em urbano-chique-ecologista-preocupado-com-a-forma-física.
Tenho por princípio respeitar as opções de cada um. Mas os ciclistas que por aí circulam são umas bestas idênticas aos automobilistas. Descem ruas em declive a velocidades alucinantes, não param nos vermelhos, andam pelos passeios a toda a brida. Há-os cumpridores e urbanos, mas são, também eles, uma minoria.
Todos os dias me cruzo com alguns espécimenes da moda, que se fazem acompanhar de uma câmara Go-Pro colocada junto ao capacete. Não entendi ainda se é para filmar manobras radicais – que é ao que se destinam as Go-Pro – se para prova de algum acidente ou pela ostentação de trazer mais 300 € presos ao quico. Agora querem que a culpa em caso de acidente seja sempre dos automobilistas. A tentativa de desresponsabilização chega a este ponto patético. E o cuzinho lavado com água de malvas, querem?
por Fernando Lopes, 28 Jan 14
Nos anos 80 as praxes eram uma quase ausência. Vieram pela democratização do ensino superior, pelas universidades privadas a querer exibir tradição inexistente. Com a proliferação de (re)cursos nos anos 90, o neto da Zulmirinha, caseira do sr. dr., filho do Tony, ladrilhador de 1ª, recentemente entrado em Engenharia de Minas com espantosa média de 9,5, sentiu-se igual à velha aristocracia. Vá de praxar, numa vingança de classes, ele que nunca viu a avó tomar banho, achava normal que se tapasse o forno com bosta, coçava os colhões em público enquanto escarrava, como sempre viu os seus fazerem. Mas era dr. ou eng. num qualquer curso em as propinas asseguravam percurso tranquilo a quem possuísse conhecimentos equivalentes ao Trivial Pursuite Junior. Como epidemia, propagou-se. Quem foi criado na bosta pode encher-se dos mais caros perfumes, mas a dita dificilmente lhe sairá da corrente sanguínea. E não, isto não é teoria classista, é educação básica, bem que escasseia da primária às velhas universidades. É necessário ser claro, a massificação do ensino falhou, senão na parte académica – e mesmo aí tenho sérias dúvidas – na formação cívica e de cidadania. Caso contrário as praxes seriam um capítulo negro votado ao esquecimento.
por Fernando Lopes, 27 Abr 13
Só sabemos quanto estamos dependentes destes aparelhos quando se avariam ou os perdemos. Hoje foi dia dos ditos. O botão de Home do meu iPhone deu o berro. Sem aquele botão mágico a coisa funciona de um modo muito deficitário. Pesquisei em várias lojas e o mais barato que consegui para substituir a membrana do botão foram 60 aéreos. Puta que pariu! Preço da peça 5 cêntimos, preço da “mão-de-obra”, 59,95. Já estava a deitar fogo pelas ventas com tanto dinheiro tão mal gasto, mas parte da minha vida está naquela maquineta.
Ainda a coisa mal tinha começado. Após o jantar, a mãe, solícita, foi sacudir a toalha de mesa. Com elevada probabilidade levava lá dentro o telemóvel da minha mulher. Como mora num 9º andar a coisa deveria ter-se esfrangalhado na queda. Nem uma pequena peça se encontrava no chão. Procurámos em casa, no jardim, no chão, nos arbustos… e nada. A chefe da casa de lagrimeta no canto do olho e o pessoal de rabo para o ar. Certo é que a coisa desapareceu e quando se liga vai directo para o voice mail. Onde está? Desfez-se com o tombo? Mistério. Como é que vivemos uma eternidade sem telefone de bolso, e agora não podemos passar sem o estafermo do zingarelho?
por Fernando Lopes, 28 Abr 12
Começar a manhã com a lavandaria e cozinha cheias de água. A caldeira deu o berro. Telefono para o concessionário "oficial". Só de deslocação são 110€ mais IVA. Há sempre alguém que faz mais barato. Após dois telefonemas encontro um técnico cuja visita me custará 30€. Isto só para o diagnóstico.
- É o acumulador.
- E quanto é que isso custa?
- 800 €.
- E se for uma caldeira nova?
- 2.500 €.
Conclusão: Na sociedade pós-moderna o banho com água quente é um luxo acessível a poucos.
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...