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Sem computadorzinho, não há palhacinho.

por Fernando Lopes, 5 Abr 16

Está a tasca temporariamente suspensa devido a um computador que faleceu em serviço. Vai a coisa para arranjar logo que possível. Aguardando imensas lágrimas dos meus queridos leitores, prometo que o interlúdio será tão breve quanto possível.

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E o cuzinho lavado com água de malvas, querem?

por Fernando Lopes, 29 Jul 14

 

Antigamente as bicicletas eram coisa de pobre, de operário da construção civil, sobretudo. Os que andavam a pedal ambicionavam conduzir uma V5 ou Zundapp. Depois os ciclistas viraram moda. Passou a ser hype andar por aí a passear com bicicletas de milhares de euros, armado em urbano-chique-ecologista-preocupado-com-a-forma-física.

 

Tenho por princípio respeitar as opções de cada um. Mas os ciclistas que por aí circulam são umas bestas idênticas aos automobilistas. Descem ruas em declive a velocidades alucinantes, não param nos vermelhos, andam pelos passeios a toda a brida. Há-os cumpridores e urbanos, mas são, também eles, uma minoria.

 

Todos os dias me cruzo com alguns espécimenes da moda, que se fazem acompanhar de uma câmara Go-Pro colocada junto ao capacete. Não entendi ainda se é para filmar manobras radicais – que é ao que se destinam as Go-Pro – se para prova de algum acidente ou pela ostentação de trazer mais 300 € presos ao quico. Agora querem que a culpa em caso de acidente seja sempre dos automobilistas. A tentativa de desresponsabilização chega a este ponto patético. E o cuzinho lavado com água de malvas, querem? 

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Das praxes, praxados e afins.

por Fernando Lopes, 28 Jan 14

Nos anos 80 as praxes eram uma quase ausência. Vieram pela democratização do ensino superior, pelas universidades privadas a querer exibir tradição inexistente. Com a proliferação de (re)cursos nos anos 90, o neto da Zulmirinha, caseira do sr. dr., filho do Tony, ladrilhador de 1ª, recentemente entrado em Engenharia de Minas com espantosa média de 9,5, sentiu-se igual à velha aristocracia. Vá de praxar, numa vingança de classes, ele que nunca viu a avó tomar banho, achava normal que se tapasse o forno com bosta, coçava os colhões em público enquanto escarrava, como sempre viu os seus fazerem. Mas era dr. ou eng. num qualquer curso em as propinas asseguravam percurso tranquilo a quem possuísse conhecimentos equivalentes ao Trivial Pursuite Junior. Como epidemia, propagou-se. Quem foi criado na bosta pode encher-se dos mais caros perfumes, mas a dita dificilmente lhe sairá da corrente sanguínea. E não, isto não é teoria classista, é educação básica, bem que escasseia da primária às velhas universidades. É necessário ser claro, a massificação do ensino falhou, senão na parte académica – e mesmo aí tenho sérias dúvidas – na formação cívica e de cidadania. Caso contrário as praxes seriam um capítulo negro votado ao esquecimento.

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O dia dos telemóveis.

por Fernando Lopes, 27 Abr 13

Só sabemos quanto estamos dependentes destes aparelhos quando se avariam ou os perdemos. Hoje foi dia dos ditos. O botão de Home do meu iPhone deu o berro. Sem aquele botão mágico a coisa funciona de um modo muito deficitário. Pesquisei em várias lojas e o mais barato que consegui para substituir a membrana do botão foram 60 aéreos. Puta que pariu! Preço da peça 5 cêntimos, preço da “mão-de-obra”, 59,95. Já estava a deitar fogo pelas ventas com tanto dinheiro tão mal gasto, mas parte da minha vida está naquela maquineta.

 

Ainda a coisa mal tinha começado. Após o jantar, a mãe, solícita, foi sacudir a toalha de mesa. Com elevada probabilidade levava lá dentro o telemóvel da minha mulher. Como mora num 9º andar a coisa deveria ter-se esfrangalhado na queda. Nem uma pequena peça se encontrava no chão. Procurámos em casa, no jardim, no chão, nos arbustos… e nada. A chefe da casa de lagrimeta no canto do olho e o pessoal de rabo para o ar. Certo é que a coisa desapareceu e quando se liga vai directo para o voice mail. Onde está? Desfez-se com o tombo? Mistério. Como é que vivemos uma eternidade sem telefone de bolso, e agora não podemos passar sem o estafermo do zingarelho? 

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Pu#@ que p@$%&

por Fernando Lopes, 28 Abr 12

Começar a manhã com a lavandaria e cozinha cheias de água. A caldeira deu o berro. Telefono para o concessionário "oficial". Só de deslocação são 110€ mais IVA. Há sempre alguém que faz mais barato. Após dois telefonemas encontro um técnico cuja visita me custará 30€. Isto só para o diagnóstico.
- É o acumulador.
- E quanto é que isso custa?
- 800 €.
- E se for uma caldeira nova?
- 2.500 €.

Conclusão: Na sociedade pós-moderna o banho com água quente é um luxo acessível a poucos.

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