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O Papa Francisco e os pobres.

por Fernando Lopes, 30 Jun 14

O Papa Francisco é uma personagem que me agrada, simples, despretensioso, com capacidade para discutir a homossexualidade, o sacerdócio feminino e tudo que não seja um dogma de fé. Esta urbanidade e modernidade é um dos seus grandes atractivos, mesmo para ateus assumidos como eu. A igreja católica há muito merecia alguém assim, capaz de acompanhar o tempo que corre.

 

No melhor pano cai a nódoa, e a afirmação de Francisco:«Os comunistas roubaram-nos a bandeira. A bandeira dos pobres é cristã [...]. Os comunistas dizem que tudo isto [a pobreza] é algo comunista. Sim, claro, como não? Mas vinte séculos depois [da escritura do Evangelho]. Quando eles falam nós poderíamos dizer-lhes: pois sim, sois cristãos»,parece-me limitativa. Os pobres não são «bandeira» mas dura realidade que todas as pessoas de bem gostariam que não existisse.

 

Limitar a empatia com os pobres aos cristãos e comunistas é uma visão parcelar da realidade. Há pessoas de centro, de direita, com grande capacidade de dar, entrega, lutadores empenhados contra a pobreza. A luta contra esta praga não é limitada por barreiras ideológicas ou religiosas como parece crer Francisco, mas de todo aquele que aspira à dignidade para a humanidade. 

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