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Jovem estagiário.

por Fernando Lopes, 29 Jun 13

Não te preocupes, vais ter um emprego. Pago com dinheiro da CEE, o mesmo que vai ser usado para despedir o teu pai. O teu pai ganhava 1.500 euros, tu vais ganhar 600. Tem calma, vais andar enganado durante um ano ou dois. Quando os teus colegas mais novos acabarem os estudos, dir-te-ão que já aprendeste, está na hora de seres empreendedor e voar. Na verdade, contratarão os teus colegas, que se sujeitarão a trabalhar por 300. Mas nem tudo é mau. O teu velho pode decidir suicidar-se. Se o fizer de maneira discreta, enfiando o carro  contra uma parede, ficarás com a casa paterna paga; senão virás tu, os pais e o mano para a rua porque não têm dinheiro para a prestação e se declararam insolventes. Mas nada está perdido. O irmão mais novo, agora que concluiu os estudos, arranjou uma magnífica oportunidade de estágio por 150€. Como vês, está tudo a decorrer conforme o previsto. 

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Amanhem-se!

por Fernando Lopes, 19 Jul 12

Recentemente tive um problema na caldeira. A resolução da coisa ficou por mais de 800 aéreos. Se lhe acrescentasse 23% de IVA teria de pagar mais 184. Para quê? Quem não cometeu semelhante delito, ou sofre de ataques de seriedade ou é ingénuo. A medida proposta pelo governo não resolve a ponta de um corno. Quantas famílias gastam mais de 26.000 €/ano em bens e serviços não essenciais? Propor medidas fantasma, que não têm nenhuma exequibilidade no mundo das pessoas normais parece ser moda. Depois vêm uns merdas falar de obrigação cívica e coisa e tal. Exactamente os mesmos que no seu consultório médico ou de advocacia, adicionam o IVA ao preço final se pedirmos a facturinha. Já aconteceu comigo e tive de levantar a voz para não ser comido por parvo. E porque quer o estado por os cidadãos a fazer de inspectores das finanças? Em vez de despedir, formem equipas de investigação. Amanhem-se, que eu para o vosso peditório contribuo todos os meses com centenas de euros, só em impostos directos. Além do mais a subversão de dizer "não quero factura", passará a dar-me um gostinho muito especial.

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"Chinezificação"

por Fernando Lopes, 12 Jan 12


Nos noticiários informava-se a autorização governativa para a Soares da Costa despedir 1.000 trabalhadores. A Salvador Caetano tem grande número de despedimentos planeados. É comum dizer-se que o maior flagelo é o desemprego e que no ano que agora se inicia irá aumentar antes de diminuir. Tenho pois, enorme dificuldade em compreender que se pretenda diminuir as indemnizações por despedimento. Bem vistas as coisas não parece ser tão difícil como isso despedir, pois o número de empresas que rescindem contratos de trabalho aumenta dia-a-dia.

A alteração da legislação laboral tem como objectivo último nivelar por baixo, estender a precariedade e facilitação dos despedimentos aos trabalhadores de meia-idade que se encontram (até agora) relativamente protegidos. A ideia é criar tal desemprego e competição que com a excepção de quadros excepcionalmente qualificados, todos seremos dispensáveis. A diminuição do custo do factor trabalho faz-se não pela diminuição da TSU mas pela precarização de toda uma sociedade. Com este modelo, num futuro não muito longínquo estaremos todos a competir por um salário mínimo, o suficiente apenas para não morrermos de fome.

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639 mil

por Fernando Lopes, 10 Jan 12

Ex-braço-direito de Pedro Passos Coelho nas negociações com a troika ganhará uma remuneração de 639 mil euros. Um ordenado mensal superior a 45 mil euros, que acumulará com uma pensão de mais de 9600 euros.

E, esta gente, tem moral para pedir sacrfícios ao povo português? Vamos todos ficar mais pobres? Nem todos. Há sempre tachistas entrincheirados que resistem ao invasor.

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86-60-86

por Fernando Lopes, 9 Jan 12

(clique no Gaspar, com raiva!!!)

Gaspar, as únicas medidas extraordinárias que os portugueses gostam de ver e ter são as clássicas 86-60-86.

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figura de urso ...

por Fernando Lopes, 23 Dez 11

Deitar fora o bebé com a água do banho...

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Merkel tem 16 coelhos na cartola!

por Fernando Lopes, 9 Dez 11



Niente, nicles, neribi, nada. A cimeira decisiva foi mais um fiasco. Entre as medidas propostas, a ratificar [que belo eufemismo] pelos países sob o diktat alemão encontram-se medidas impossíveis de cumprir por países como Portugal.  O novo pacto orçamental implica um défice de 0,5% do PIB e percentagem de dívida igual ou inferior a 60% do mesmo, objectivos quiméricos para o curto e médio prazo e que têm implícita uma taxa de crescimento que nem nos nossos sonhos mais selvagens conseguiremos alcançar. Parafraseando um célebre jogador de futebol, "estivemos à beira do abismo, mas demos um passo em frente". Sem oposição que se visse dos estados da euro zona, este é o afundar definitivo das esperanças numa resolução para a crise do euro. Como bem demonstram os agentes dos mercados, daqui para a frente será a queda colectiva imposta pela cegueira alemã. A implosão da moeda única é agora uma questão de tempo.

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Incapaz de combater o fenómeno da evasão fiscal, o governo quer colocar os cidadãos como inspectores tributários. A economia paralela aumenta à medida que aumentam os impostos. É dos livros e do senso comum. Todos nós já fomos confrontados com um arranjo de um electrodoméstico ou pequenas obras em casa que nos sairiam 21% mais caras se pedíssemos factura. E, quem não prevaricou, que atire a primeira pedra. A razão é simples. Não podemos deduzir no IRS estas despesas ou temos uma dedução insignificante. Assim, o governo, quer colocar-nos a fazer o papel que lhe compete. Recuso esse ónus. Já pago q.b. de impostos para ser funcionário do fisco nas horas vagas. O ridículo desta medida, obrigar-nos a conservar as facturas durante um ano. Nada irá acontecer. Confesso-me desde já pecador. Amanhã quando tomar o meu café não irei pedir factura. O cidadão pode sofrer uma coima até 2.000 euros. O comerciante uma multa máxima de 3.750 euros. Como se prova pelos números das coimas a medida não é para ser levada a sério. Sobretudo pelos comerciantes e prestadores de serviços.

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o governo sombra

por Fernando Lopes, 14 Out 11


Os mililtares de Abril foram meros peões dos interesses das famílias que governavam e governam Portugal. Ontem, como hoje, quem manda são os Espírito Santo e similares. A meia-dúzia que governa Portugal desde Salazar, fazem como os cães de raça. Só casam entre si, acumulando dinheiro e multiplicando poder. Dois arrivistas pós-revolucionários [Belmiro e Amorim], são apenas figuras toleradas entre os verdadeiramente ricos e poderosos. Foram empurrados para assumirem o odioso que este esbulho de décadas representa. O 25 de Abril nunca existiria se os donos da finança e indústria portuguesa não tivessem tido a necessidade de expandir os seus negócios para a Europa. Os militares foram folclore patético para portuguesinho ver. Quem puxava os cordelinhos eram os pais dos que hoje se reúnem e forçam Sócrates a pedir ajuda no momento seguinte ou aparecem para aprovar o orçamento de Estado feito por lacaios engravatados.

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