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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 5 Jul 17
por Fernando Lopes, 18 Mai 17
por Fernando Lopes, 7 Out 15
A minha adolescência e juventude, entre os finais dos anos 70 até meados de 80, era relativamente escassa em oferta musical. À parte grandes bandas e clássicos como Led Zeppellin, Deep Purple, Pink Floyd, Genesis e algumas outras, cresci entre o hard rock e a música popular alternativa.
No início dos anos 80 era – ainda sou – fã incondicional de Siouxie and the Banshees, U2, Echo & The Bunnymen, The The, Waterboys, e por aí fora. Tenho um ouvido formatado para a música popular anglo-saxónica.
Em português oiço com o mesmo prazer de ontem Variações ou Sétima Legião. Tirando Chico Buarque, a música brasileira raramente me entusiasma. Não sendo fã de RAP ou hip hop, dá-me sempre imenso prazer cruzar-me com Gabriel, o Pensador.
Hoje ouvi pela primeira vez uma música que faz com uma banda pop, os D.A.M.A. Só pensei uma coisa, o brazuca humilha os miúdos portugueses com a musicalidade que imprime. Não canta, põe as palavras a dançar, um talento que é só dele. Estas parcerias podem funcionar comercialmente, mas no fim tens a sensação que um anão quis emparceirar com um gigante.
por Fernando Lopes, 28 Ago 15
But I would walk five hundred miles
And I would walk five hundred more
Just to be the man who walked a thousand miles
To fall down at your door
Os verdadeiros homens sabem que o são mais quando estão ao lado de uma grande mulher. Letra aqui
por Fernando Lopes, 14 Set 14
Stray e amigos na Praça dos Poveiros
Uma tarde-noite sem chuva, um rio de gente nas ruas do Porto, música por todo o lado, um festival, D’Bandada. Por volta das sete, nas Galerias de Paris parecia ter acontecido «o estouro da boiada» como dizia um amigo brasileiro. Havia música, também ela de terras de Vera Cruz, os intérpretes estavam submersos pela multidão.
Houve profissionalismo e amadorismo. Às 20:45 já Capicua iniciava o sound-check para o concerto das 22:00, nos Poveiros, Stray e amigos, que nas palavras do próprio fazem «cenas», faziam o mesmo 25 minutos depois da hora marcada para o início do concerto.
O que importa é a música, e essa foi rainha e senhora, com bandas para todos os gostos, gente e animação nas ruas desta cidade que dita o meu passo e me está impressa na alma.
Capicua e a alma tripeira nos Leões
por Fernando Lopes, 19 Ago 14
Fotografia: Kc Alfred/Reuters
O tema não é novo, mas particularmente irritante. A boa juventude assiste a concertos através do telemóvel. Num dos últimos, aturei um bacano de rastas e ar de parvo que comentava que «tinha comprado um cartão de 8 gigas para gravar o concerto». Não tenho nada contra quem tira meia-dúzia de fotografias de um espectáculo, eu próprio o faço, mas dois ou três bonecos são mais que suficiente. Esta malta não vê os músicos a não ser através do ecrã, não se concentra na música, apenas está preocupada em registar para a posteridade não se sabe bem o quê. O primeiro concerto a que assisti, há mais de 35 anos, foi de Lene Lovich, no saudoso pavilhão do Infante de Sagres, ali junto à Marechal. Recordo-me de imensos pormenores porque estava lá para curtir a música, o som, as luzes, não armado em Spielberg.
Leio no The Guardian que Kate Bush pede aos fãs para não usarem telemóveis ou tablets no seu show de regresso: «Tenho um pedido a fazer a todos os que estarão presentes nos próximos shows. Propositadamente escolhemos um pequeno teatro em vez de uma grande sala ou estádio. Seria muito importante se evitassem tirar fotos ou filmar».
Talvez explicar aos espectadores que as mais belas imagens e recordações não ficam gravadas no Youtube, iCloud ou similares, mas na nossa memória. É para isso que temos um cérebro em vez de um dispositivo electrónico.
por Fernando Lopes, 2 Jul 14
Iggy Pop é um mito. Consegue aos 67 anos transformar uma bebida sensaborona como a Schweppes em algo cool. Personagem limite, gerou alguns dos boatos mais repetidos do rock: relação homossexual com Bowie, masturbação compulsiva e consequente impotência, internamento num manicómio. O autor de «The Passanger» envelheceu bem, mantêm ar rebelde e tresloucado, aspecto de quem continua a jogar com todo o baralho da vida.
por Fernando Lopes, 6 Jun 14
Hoje, a 2 ou 3 quilómetros de casa, tocam os Pixies. Aos mais jovens o nome da banda pouco dirá, mas foram um marco no final dos anos 80, inícios de 90, do rock alternativo. Tudo na banda era diferente, desde os seus membros, à música que compunham, guturalidade, isenção de artifícios vocais ou instrumentais. Há muitos, muitos anos, actuaram no Cine-Teatro Vale Formoso. Nessa época não tinha dinheiro para assistir ao concerto, hoje também não, sinal que há coisas que nunca mudam. Também esmoreceu o entusiamos juvenil. Basta-me recuar dez anos e faria das tripas coração para estar lá a vibrar. Hoje os 55 € do bilhete, o dia de chuva, o trabalho e sobretudo a idade fizeram com que me acomodasse à ideia de não participar. O tempo muda-nos, nem sempre para melhor. Sinto saudade da época não muito distante em que me empolgava com facilidade por um escritor, uma banda, um realizador. Os anos tornaram-me indiferente, cínico, distante. Se é a isto que chamam amadurecimento, gostava de ter permanecido adolescente para sempre.
P.S. - O título do post é para connoisseurs.
por Fernando Lopes, 24 Dez 13
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...