Diário do Purgatório

De modo gráfico, o que aqui já escrevi várias vezes: uma cabeça brilhante desligada do coração, nada vale.

Mulher Sem Rosto, Rua de Sá da Bandeira, Porto

 Travessa de Cedofeita, Porto

 Rua Egas Moniz, Porto

Rua Carlos Alberto, junto ao «Aduela»

Cedofeita, muro que cobre a antiga «Ilha de Cedofeita».

Praça da República, Porto.

«Big Kids Forever», Travessa da Figueirôa, Cedofeita, Porto

Gosto de Banksy porque é, antes de mais, subversivo. Porque há sempre uma mensagem política ou poética nos seus stencils. Porque brinca com o valor da arte, vendendo-a a preço de saldo. Porque disponibiliza cópias gratuitas, baralhando o «mercado». Porque sim.  

Durante muitos anos Rui Rio fez guerra aos graffiti. No final de mandato resolveu fazer arte à moda de Rio. O resultado foram pinturas murais feitas a spray, institucionais, figurativas, com nada da rebeldia intrínseca à street-art. O grande curador é que sabe o que é arte, seja ela as peças do La Féria, a Feira do Livro que não houve, ou arte urbana. É pois com prazer que alerto os leitores do purgatório para uma exposição de arte urbana contemporânea a decorrer no edifício AXA. Livre, eclética, inovadora, sem constrangimentos, como se espera que seja a arte. Existe até uma pequena charge à artista do regime, Joana Vasconcelos. A ver. 

Óptica na Travessa de Cedofeita, Porto