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700 gramas.

por Fernando Lopes, 5 Jan 17

Não, não é um remake do mítico «21 gramas», nem a minha alma tem a pretensão de pesar os 21 gramas, quanto mais 700. 700 (setecentos por extenso) é o peso que perco de cada vez que vou ao ginásio, mesmo que beba um litro de água. Banha a derreter, só a sensação revigorante que dá uma banhoca depois, vale a pena.

 

Hoje fui mais cedo e andavam por lá duas ou três ninfas e duas ninfetas. Se os rapazitos tivessem um ataque de agudo de testostateronite e se pusessem a exibir como loucos, seria compreensível, dança do macho para acasalar e essas merdas todas. Dá-me vontade de rir, porque são os tipos já perto dos 40 que fazem as figuras mais patetas. Depois olho para os brinquinhos, os braços cheios de tatuagens e o repetir incessatemente «que cena» e digo para com os meus botões: a cabecinha não dá para mais, têm mesmo de pensar com os tomates.

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Sentir-se jovem.

por Fernando Lopes, 9 Dez 16

Procuro treinar no ginásio três vezes por semana. Por conveniência e por haver menos povo costumo ir das 20:00 às 21:30. Hoje fiz ponte, e fui treinar de manhã. Que maravilha, senti-me jovem e atlético. À hora de jantar a população é predominantemente masculina, composta sobretudo por jovens «ratos de ginásio», que levantam 70 quilos como eu 20. Hoje, quando entrei, devia ser dos mais novos, o people era predominantemente «cabeça branca» enquanto me incluo na grisalha. Fiz a minha ceninha, apanhei alguns olhares gulosos de sexagenárias. É uma pena não poder ir mais vezes neste horário, a mudança de ser o cota para passar a ser o puto é muito boa para este fraco ego.

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No ginásio.

por Fernando Lopes, 11 Out 16

O mundo dos ginásios é completamente novo para mim, mas ao fim de meia-dúzia de sessões, já deu para apreciar vários tipos de fauna:

 

  • Os candidatos ao Big Brother. Estão lá todos os dias uns rapazes de 20 e poucos anos que certamente ambicionam fazer parte da próxima série do programa. Musculados, cheios de tatuagens, levantam pesos enormes, bufam como se não houvesse amanhã e confrontam-se com o espelho. Se deus quiser hão-de inchar até rebentar.

 

  • O atleta. Corre 10 kms, levanta pesos, transpira e limpa a careca com ar de quem fez aquilo a vida toda. Estes exemplares face à escassez de pilosidade capilar, sublimam a falta de cabelo com uma enorme barba. Nunca sei se os estou a ver de cima para baixo ou de baixo para cima.

 

  • A diva dos glúteos. O seu único objectivo é ter um cu duro. Não a dança, mas o rabo mesmo. Perna curta, rechonchuda, deve ter o rabo mais musculado de que há memória. Uma bufa que por ali saia transformar-se-á num assobio.

 

  • O gajo do telemóvel. Enquanto se exercita vai dando likes e mandando SMS. O exercício é secundário, acho que só frequenta o sítio pelo wifi grátis.

 

  • A brasilerada. Adepitos da malhação, istão sempri dando cunselho a umas minina que os acumpanha. Têm a puta da mania qui são bunito, mas a maior parte deles se parece co’a minha bunda. Têm uns bigodi muito brega, com um pelinho solto aqui e ali, como quando eu era adolescenti.

 

  • O curioso. Está sempre a olhar para ver se o vizinho levanta mais peso, corre mais rápido, faz mais abdominais. A vida é algo entre o voyeurismo e a competição.

 

E tu, Fernando? Eu vou lá, faço o mapa de exercícios que planearam, transpiro um bocado, não falo com ninguém, e venho à minha vidinha. Encontrar alguém com uma conversa inteligente deve ser como achar agulha num palheiro. 

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