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Sr. primeiro-ministro, não seja provinciano.

por Fernando Lopes, 13 Jun 17

british school.jpgAlunos do colégio Inglês, many, many, years ago...
 

Sabemos que a macrocefalia da capital é como um buraco negro que tudo absorve. Passa-se isso mesmo com a candidatura à instalação em Portugal da Agência Europeia do Medicamento. Nada contra Lisboa, só que todas as cidades portuguesas que entendam reunir condições se deveriam poder candidatar à instalação deste organismo europeu.

 

Os argumentos conhecidos são de uma pobreza confrangedora. Em primeiro lugar a proximidade do INFARMED. Estou a imaginar as ruas da capital atafulhadas de centenas de estafetas, de cá para lá e de lá para cá, com emails debaixo do braço. Sr. Primeiro-Ministro, a comunicação empresarial e institucional é 95% efectuada via email, pelo que duvido que um email enviado do Rossio chegue ao INFARMED muito mais rapidamente que um outro enviado dos Aliados. Trabalho numa grande empresa, e documentos e encomendas enviadas hoje de manhã do Porto estarão à tarde em Lisboa e vice-versa. Há uma infinidade de serviços de entregas rápidas, nem vale a pena citar nomes.

 

O argumento da escola é ainda mais patético pois que me recorde assim de cabeça temos aqui na parolândia o Lycée  Francais de Porto, a Oporto British School, a Deutsche Schule zu Porto e o CLIP (Oporto International School). Esquece-se o PM que o Porto sempre teve ligações comerciais intensas com outros países europeus, o colégio inglês do Porto tem mais de 120 anos. Se estas não preencherem as condições, faz-se outra, para glória da iniciativa privada, do empreendedorismo, tão típicos desta gente do norte. 

 

Sr. primeiro-ministro não seja provinciano, reveja a sua decisão e aceite a nossa – e porque não outras – candidatura(s).

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6 comentários

De Makiavel a 15.06.2017 às 11:06

Portanto, a AEM, de saída de Londres, uma das principais capitais europeias, seria transferida para o Porto, a segunda cidade de um país (ainda) periférico da UE.
É disto que se fala?
Se isto não é wishful thinking, não sei o que será.
Se vier para Lisboa já será um bambúrrio.

De Fernando Lopes a 15.06.2017 às 12:50

Costa é o Buda do Chiado, Moreira o Gandhi dos Aliados. Entendo a sua ideia, e aqui na segunda cidade - periférica - de um país periférico, ainda vestimos peles e comemos carne crua. Uns atrasadinhos.

De Makiavel a 15.06.2017 às 15:38

Não me ponha palavras que eu não as escrevi. Se quiser continuar com o discurso de calimero, esteja à vontade, mas não deturpe o que lê.

De Fernando Lopes a 15.06.2017 às 15:54

Sem stress, o seu argumento é que é circular, tipo pescadinha de rabo na boca. O seu não, o de Costa. É pouco, muito pouco.

De Makiavel a 15.06.2017 às 20:19

1. O governo pretendia a AEM numa cidade portuguesa.
2. A sede actual da AEM é uma das mais importantes capitais europeias.
3. (do lado de quem se candidata) Qual a cidade portuguesa com mais hipóteses de ganhar o concurso e suceder a Londres: Lisboa ou Porto?
4. (do lado de quem decide a atribuição) A AEM muda de uma metrópole com vários milhões de habitantes e diversos centros de decisão internacional para uma cidade de média dimensão de um país da periferia europeia?
As hipóteses de Lisboa ganhar são diminutas, as do Porto seriam residuais.
Não tem nada de circular, parece-me até que o raciocínio é bastante linear.
(Para memória futura) Ou me engano muito ou haverá regozijo a norte quando Lisboa perder. É o regionalismo que temos.

De Fernando Lopes a 16.06.2017 às 00:17

Não faça minha a sua pequenez. É óbvio que não concorrendo o Porto, fico feliz se Lisboa ganhar.

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