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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 13 Jan 16
Recordo não querer sair da barriga da minha mãe, lutar sete horas para não vir ao mundo, nascer com a cara queimada pelo meu vómito. Recordo agarra-me às cortinas e pontapear violentamente quem se aproximasse quando o pai, meia-dúzia de anos passados, me quis de volta para casa como se fosse um bibelot humano pronto a limpar consciências sujas. Recordo-me do primeiro dia de escola, levado pela mão e do esforço que fiz para não me mijar de medo. Recordo a primeira vez que fiz amor, o misto de espanto alegria, medo, o sangue, a excitação partilhada. Recordo o primeiro dia de trabalho, os modems, colegas, chefes. Recordo ter morrido várias vezes, uma de morte tentada, outras de morte sonhada. Recordo pessoas que só vi uma vez e esqueço as que comigo se cruzam todos os dias. Recordo o bebé albino em S. Tomé, carregando consigo maldição eterna. Recordo a minha filha a nascer, o anestesista a empurrar-lhe os pés, a cabeça a emergir por entre o golpe. Recordo amigos e inimigos, os que vivem e os que morrem, os que sonham e os que vegetam. Recordo-me de tudo, uma espécie de castigo permanente, praga que me acompanha há tempo demais.
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...
Sempre sózinho, vais servindo de alicerce ao teu próprio edifício, o que é visivelmente uma redundância dolorosa.
nos forma a todos moralmente, desde o primeiro dia.
E mais não acrescento, este campo de ideias é inexistente para ti...
Bj