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Reacções parvas.

por Fernando Lopes, 21 Ago 14

Todos conseguimos ser cool, calm and collected quando existe previsibilidade nos acontecimentos. Perante situações inusitadas temos as reações mais disparatadas. Partilho duas estórias de atitude parvas perante o inesperado.

 

Anos atrás, durante uma mudança de casa, a minha mulher pediu-me que fizesse uns furos na casa de banho para pendurar prateleiras. Falei com o engenheiro da obra, que me garantiu que acima de uma caixa onde estava tubagem e que era bem visível, podia furar à vontade. Iniciei a coisa a medo, com uma broca muito fininha. Operação bem-sucedida. Já mais confiante, usei uma broca ligeiramente maior com idêntico resultado. Ao terceiro furo levo com um charcado de água na cara. O engenheiro tinha-se esquecido que o tubo principal que abastecia todos os outros passava precisamente naquela parede. A reação expectável seria ir desligar a água. Não eu. Fiquei ali com o dedo no tubo, a tomar um chuveiro forçado enquanto gritava desesperadamente para a Teresa fechar a água. Quando me ouviu já eu estava encharcado como um pinto e a casa de banho inundada. Mas o ineficaz dedo a que atribuí  propriedades isolantes continuava firme no seu posto.

 

Outra reação pateta que à posteriori me fez rir a bandeiras despregadas aconteceu perante um tremor de terra. Duas da manhã em casa do meu amigo Artur. Assistíamos a um qualquer programa de televisão, durante as férias do liceu. A casa começa a tremer. Como muitas casas de antigamente tinha uma cristaleira onde estavam porcelanas, cristais e utilidades várias. Estava cansado de saber que o local mais seguro num tremor de terra é debaixo de uma mesa ou na esquadria de uma porta aberta. Acham que fiz isso? Nem pensar. Limitei-me a segurar o armário para que não se partisse o conteúdo. Após breves segundos tudo acalmou. O Artur olhava para mim e ria desalmadamente. Se fosse algo de intenso certamente teria encontrado repouso eterno entre pratas e peças Vista Alegre.

 

Quem quiser partilhar as figuras patetas que fez perante o inesperado, faça o favor de usar a caixa de comentários.

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15 comentários

De aurora a 21.08.2014 às 21:43


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E que tal ultrapassar o carro da Brigada de Trânsito numa linha contínua?Ou então chegar  a Albufeira e perguntar onde fica o Algarve?
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De Fernando Lopes a 21.08.2014 às 22:10

São as duas excelentes, mas sinceramente prefiro a do Algarve.
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De golimix a 22.08.2014 às 10:30

Faço tantas figuras parvas que é difícil lembrar-me de uma só. Image
No entanto, perante dificuldades costumo ter sangue frio, talvez fruto da profissão.

De Fernando Lopes a 22.08.2014 às 10:52

Goli, estás é com vergonha. A tua profissão é um maná para situações cómicas.
Beijo e boas férias.

De golimix a 26.08.2014 às 08:29

E sabes qual é a minha profissão?
É que pelo que escrevo não se dá conta.
Mas sim, é um filão de facto. Image

De Fernando Lopes a 26.08.2014 às 14:36

Está ligada com a saúde. Enfermagem, medicina, algo assim.

De golimix a 26.08.2014 às 19:10

Ora diz lá como é que sabes isso? Hã?

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De Fernando Lopes a 26.08.2014 às 19:27

Intuição masculina. Image

De golimix a 28.08.2014 às 20:36

Hummm... não me parece. Algo te fez apostar nisso.

De Fernando Lopes a 28.08.2014 às 22:41

Uma dica ou outra que deixaste escapar no blogue. Apesar de homem sou muito intuitivo.
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De golimix a 29.08.2014 às 08:13

Estou a ver que sim. A maioria diz que sou engenheira ou professora....

De bloga-mos a 22.08.2014 às 12:32

Ser parado pela BT com um charro aceso e, com o nervosismo, perguntar ao agente se era servido.

De Fernando Lopes a 22.08.2014 às 13:22

Inaudito seria se o sr . Agente aceitasse.

De bloga-mos a 25.08.2014 às 14:28

Inaudito foi ele dizer-me que não fumava em serviço e ordenar-me que o apagasse imediatamente

De Fernando Lopes a 25.08.2014 às 14:59

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