Diário do Purgatório © 2012 - 2014
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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 22 Jul 16
Expressar-se através de alguma forma de arte é sempre uma necessidade interior e individual. Não tendo a pretensão que escrever num blogue é uma forma de expressão artística – estou absolutamente seguro que o não é – a necessidade de comunicar é do indivíduo, sobretudo consigo mesmo, reflectindo ou revivendo episódios através da escrita. A maioria de nós dá uma importância absolutamente despropositada à merda que escreve. Tendemos a fazê-lo para o que supomos ser um público, como se o mundo ficasse mais pobre sem nós e o nosso canto. Também tive ilusão de valorizar as visitas, pageviews, e essas tretas. Depois cresci, percebi que é um instrumento que pode eventualmente interessar a um ou outro, mas é sobretudo uma forma de individualidade. Se muita gente gostar, óptimo, se não, tudo bem na mesma. Termos noção da nossa infinita pequenez, da importância que não temos, é uma forma de liberdade sem igual. Escreves não para agradar ou confrontar, apenas porque te apetece. Se como eu, fazes um diário, tens de ter a capacidade de te expor. É essa a tua forma de dar, assumindo fragilidades, manias, tristezas. Os leitores são muito mais espertos que tu, sabem à primeira se estás a ser autêntico ou não. Escrevo isto, porque pela primeira vez em muito tempo estive a olhar para as estatísticas do Purgatório. Parece que há muita gente que gosta, fico feliz. A única promessa que faço é manter a autenticidade, chorar quando tiver vontade, rir sempre que me apetecer, ser confessional quando assim tiver de ser.
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...
que texto tão bonito, mas já sabias que - os que te lemos - gostamos muito de ti (isto soa estranho, gostar de desconhecidos, mas talvez resida aí o segredo da estranheza: vamos aprendendo devagarinho as pessoas e, como dizes, elas sabem ler os sinais, detectar dor/prazer não evidenciados, ou 'simplesmente' uma observação aparentemente desprovida de quase tudo, quando, de facto, está cheia de sentidos: sim, sentidos, que as leituras não se fazem a uma só voz, antes a várias).
És um fixe :D