Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Porque gosto de comédias românticas.

por Fernando Lopes, 30 Ago 18

Nestes dias de modorra , só uma pausa até regressar à dolorosa rotina do pós-férias, dou comigo a parar no AXN White e a ficar especado a assistir a (mais) uma comédia romântica. Fiquei a reflectir no porquê: não te obriga a pensar, é uma espécie de fast food cinematográfico, em que, antes de trincar, já sabes qual vai ser o sabor. Nada de entusiasmante, nada que desiluda demasiado. Neste género as raparigas são sempre giras, os machos, mesmo com as suas idiossincrasias, bem parecidos, de coração bondoso e romântico. Os protagonistas do género são quase sempre tão bonitinhos e bondosos e é fácil identificar-mo-nos com eles, é assim que – quase – todos gostaríamos de de ser. Ao contrário da vida real, aqueles amores nunca correm mal, os pares românticos acabam sempre por serem resistentes às adversidades, e têm o que todos desejamos, são felizes para sempre. É a vida não como ela é, mas como idealizamos que deveria ser. É por isso que gosto de comédias românticas, naqueles minutos a vida é simples, fico apatetado, a achar que o mundo poderia ser perfeito sem ter de recorrer a substâncias ilícitas ou que fazem mal ao fígado.

Autoria e outros dados (tags, etc)

22 comentários

De Genny a 30.08.2018 às 21:46

Boa noite, Fernando!
Como dizes e concordo "naqueles minutos a vida é simples..."

De Fernando Lopes a 30.08.2018 às 21:52

É um modo estúpido, mas inócuo, de ver o mundo «às direitas» durante uma hora e pouco.

De Genny a 30.08.2018 às 21:56

Mas depois quando desce o pano...a realidade volta. Fico frustrada, sabes? Bahhh

De Fernando Lopes a 30.08.2018 às 22:29

Não vale a pena. As mais das vezes a vida é o que fica depois do que se perde ou deita fora. 

De alexandra g. a 30.08.2018 às 21:57

"Fiquei a reflectir no porquê: não te obriga a pensar, é uma espécie de fast food cinematográfico, em que, antes de trincar, já sabes qual vai ser o sabor. Nada de entusiasmante, nada que desiluda demasiado. Neste género as raparigas são sempre giras, os machos, mesmo com as suas idiossincrasias, bem parecidos, de coração bondoso e romântico. Os protagonistas do género são quase sempre tão bonitinhos e bondosos e é fácil identificar-mo-nos com eles, é assim que – quase – todos gostaríamos de de ser."


Desculpa lá, Ferdinand, mas eu adoro ser feiosa e a raiar a ingrumência (don't ask, ouvi há pouco te mpo e adorei :) ) e, principalmente, não me identificar com ninguém: afinidades, sim, que eu, desde cedo, ousei ser mui autónoma 

De Fernando Lopes a 30.08.2018 às 22:28

Ok, aceito. Por isso é que coloquei o quase. Eu cá gostava de ser bontinho, bonzinho, preserverante, nem que fosse só por um bocadinho. A «ingrumência» também cansa. :)

De alexandra g. a 30.08.2018 às 22:32

tu és é um estúpido de vinha velha: giro com'ó caraças, inteligente até dizer chega, culto inté o catano, valioso :)


não te armes :P

De Fernando Lopes a 30.08.2018 às 22:47

É dos teus olhos, minha querida. Como nas comédias românticas, vês o que queres ver, não o que realmente lá está. De qualquer modo, agradeço a tua bondade.

De alexandra g. a 30.08.2018 às 22:54

my words, exactly, sem a parte romântica e a parte ficcional :D


_________
(os homens que merecem atenção, em geral, têm um grave problema, que é não se mirarem bem, sem espelho & tudo & tudo :)

De Anónimo a 31.08.2018 às 11:53

Malditas férias que nunca mais acabavam. É bom ter-te de volta, meu sacana!
Filipe, com saudades das nossas couves...

De Fernando Lopes a 31.08.2018 às 13:37

A nossa amizade, também ela tem de alguns requisitos de comédia romântica. Pensando bem, a tua vida dava um bom livro. Porque não pensas nisso?
Fernando abraçador

De Anónimo a 31.08.2018 às 14:22

Somos ambos extremamente bonitinhos e encantadores, segundo consta. Quanto ao livro?, não tenho talento suficiente...
Filipe esforçado para receber o Nobel da literatura para adultos.

De Fernando Lopes a 31.08.2018 às 20:23

Faz uma versão porno da tua vida. Em homenagem ao «Pornopopeia» do Moraes podes chamar-lhe Pipopopeia. Ahahaha

De Ana B. a 31.08.2018 às 17:06

Totalmente verdade :D 


Eu não vejo comédias românticas como vejo outros tipos de filmes, não fico à espera de avaliar atores e atrizes e muito menos a história - que é quase sempre a mesma :) 
De facto nunca há finais infelizes, de realistas não têm nada porque as relações humanas, na vida real, são bem mais complexas.  Queríamos todos nós que fosse tudo tão simples. 


Ainda assim, transmitem uma certa positividade durante aqueles minutos - eu acho. 





De Fernando Lopes a 31.08.2018 às 20:18

Penso do mesmo modo, é um modo simples de ver um mundo perfeito durante uns minutos. Nos tempos que correm já não é mau. :-)

De Uma Espécie de Casal a 31.08.2018 às 17:30

Adoro comédias românticas e romances :) guilty pleasure!

De Fernando Lopes a 31.08.2018 às 20:19

Porque será que me sinto tão guilty? Deve ser por existirem milhares de filmes bem mais interessantes que ainda não vi.

De Uma Espécie de Casal a 03.09.2018 às 09:30

nem eu e não estou nem aí :p

De redonda a 31.08.2018 às 19:36

Como o mundo não é como as comédias românticas?!
Ia escrever como fiquei absolutamente chocada ao saber isto 

depois pensei que às vezes talvez o possa ser e outras vezes como ainda bem que não o é (estou mesmo a imaginar que se fosse eu seria a amiga secundária que só aparece no início para depois ser barbaramente assassinada pelo monstro...isto talvez seja noutros filmes)
Bom regresso à rotina pós-férias!

De Fernando Lopes a 31.08.2018 às 20:21

Gosto do modo optmista como pensas. Vamos crer que o mundo, às vezes, corre bem, as relações são felizes, os pares, eternamente apaixonados.


Beijo, Gábi.

De belitaarainhadoscouratos a 02.09.2018 às 16:52

Também servem para fazer a descarga das lágrimas acumuladas e quase a perder a validade :)

De Fernando Lopes a 02.09.2018 às 19:34

Os mecanismos do meu choro são tão complexos que nem eu os entendo. :)

Comentar post

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Feedback