Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Os homens não se querem bonitos.

por Fernando Lopes, 13 Set 16

Se perguntados, a maioria dos homens dirão que não se importam de não ser bonitos. Não é que não nos importemos, habituamo-nos a conviver com a escassa beleza que nos calhou em sorte, mas no fundo, no fundo, todos gostaríamos de ser um Brad Pitt. Uma carinha laroca é meio caminho andado para o sucesso no amor, até mesmo profissional. Somos levados a cultivar outras características que se tornem interessantes para as mulheres: humor, inteligência, cultura, cavalheirismo. Charme, carisma, são coisas que se podem tentar aprender, mas que essencialmente, ou temos ou não. Hoje de manhã olhei para o espelho e disse para comigo: estás melhor que a grande maioria dos da tua idade. Não sei porquê, senti-me reconfortado. Esta necessidade de ser fisicamente apelativo esmorece com o tempo, mas não desaparece nunca, queremos sempre estar no nosso melhor, pelo menos no melhor possível. Achei que o sacrifício que tenho feito estes meses com a dieta me rejuvenesceram um pouco. Ou como disse a minha Directora-Geral, uma senhora muita queque: está dez anos mais novo! É bom estarmos mais ao menos bem na nossa pele, recuperar lentamente o amor-próprio.

Autoria e outros dados (tags, etc)

36 comentários

De Zzzzz a 15.09.2016 às 12:08

 Ó Fernando, essa veia feminina está em grande. Ou abordas uma questão em que os homens sempre foram um bocado comedidos. Perante o desejo abstracto de querer ser bonito, mais tarde ou mais cedo somos confrontados com a questão concreta do que é ser bonito.

Não há nada mais complexo que a beleza. Tudo o que podemos dizer sobre ela é que ela é filha do espírito do tempo. E vindo a moda, o cinema, o Facebook, a meter o seu bedelho então a confusão é total e só acabamos a querer ser quem somos.

De Fernando Lopes a 15.09.2016 às 12:18

Ponho-te a questão de um modo «filosófico»: Há alguém que não queira ser bonito, pelo menos o mais bonito possível? Procuramos isso na vida, arte, literatura, pessoas. Um coisa é querer parecer o melhor possível, outra é a escravidão da aparência. Essa acho de uma pobreza confrangedora. Convivo bem com este meu «lado feminino» como dizes, mas não acho que seja feminino, é humano. 

Comentar post

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Feedback