Diário do Purgatório © 2012 - 2014
Powered by SAPO Blogs | Design by Teresa Alves | © CREATIVE COMMONS - 4.0
Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 2 Ago 17
É desde ontem destaque nas notícias um restaurante lisboeta que rouba turistas à descarada. No espírito sobrevivo do nacional-parolismo, os estrangeiros que nos visitam ainda são aqueles seres endinheirados, louros e gordos, que devem pagar uma espécie de imposto por estar a usufruir do espaço que é nosso, à boa maneira da idade média. Embora vergonhoso, é bem o espelho do chico-espertismo nacional, no país onde quem foge aos impostos não é criminoso mas espertalhão.
Paga-se e têm-se a sabujice, o servir primeiros os camónes em vez dos nacionais – esses ao menos deixam gorjeta, o linguajar em portunhol e quejandos, o desfazer-se em mesuras com a alemã avantajada como se da Claudia Schiffer se tratasse. Num velho jogo adolescente em que ingenuamente cheguei a participar, «sacar uma estrangeira», feia que fosse, dava mais pontos que conquistar a mais bela lusa. Está.-nos no sangue e pronto, aplica-se indiscriminadamente da alcova à restauração.
Este episódio fez-me lembrar um outro, mais de quarenta anos passados. Nas primeiras vezes que fomos ao Algarve (71 ou 72), jantamos em Faro num local que só tinha lista em inglês. Perante os protestos do pai – lembro-me porque o episódio me constrangeu – lá se justificaram que ainda estavam a fazer a lista em português. Uns percebes a saber a borracha, uma açorda de marisco de onde o dito se encontrava ausente – ao menos o pão estava molinho – e uma conta exorbitante depois, guardei para sempre essa imagem de como era ser estrangeiro no seu próprio país. Não mudou nada, os portugueses continuam a ser uns espertalhaços.
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...
Filipe crente em merdas