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O homem que gostava de flores.

por Fernando Lopes, 8 Mar 15

canteiro.jpgCanteiro, flores vivas, outras nem por isso, na Avenida de França

 

Meio-dia. Inicio uma das habituais caminhadas pelo centro da cidade. Pela primeira vez este ano retomo a minha indumentária favorita: pólo, jeans e botas de montanha. A brisa traz cheiro de Primavera, chilrear de passarada, cães com um sorriso de felicidade. 

 

Noto a profusão de flores; num ápice, canteiros desabrocharam, árvores floriram, como que aproveitando estes dias de sol para se exibirem orgulhosamente. Penso que gosto de flores. Por ser um presente efémero ou considerado pouco másculo, aos homens nunca se oferecem flores, mesmo aos que como eu as apreciam. Recebi flores uma ou duas vezes. Na próxima em que for presenteado com esta dádivas da natureza provavelmente estarei morto, incapaz de lhes sentir o cheiro, apreciar a forma das pétalas. É um preconceito pateta, certamente que como eu, muitos homens apreciarão flores. Ofereçam-nas.

 

arvore_pc_carlos_alberto.jpgÁrvore na Praça Carlos Alberto

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13 comentários

De soumaiseu a 11.03.2015 às 14:24

O meu bisavô adorava flores! Era moleiro de profissão e tinha em redor do Moinho um jardim enorme. Sempre que aparecia na aldeia uma nova flor lá ia ele pedir um pézinho... Era a ele que pediam flores para decorar a Igreja e a Capela na altura das Romarias. Era moleiro, adorava flores, e foi um grande homem. A masculinidade não se mede por estas coisas! Image

De Fernando Lopes a 11.03.2015 às 18:54

Ganhou-se um moleiro perdeu-se um botânico, ou para ser mais preciso, o seu avô foi um botânico amador. 

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