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Morto por dentro.

por Fernando Lopes, 30 Nov 15

Lentamente, apercebemo-nos que as palavras nada valem. Que a dor se instala e toma conta da alma. Há quem na angústia gere obras de arte, outros como eu, num exercício vão de onanismo tentam a catarse através de palavras, palavrinhas e palavrões que são imprestáveis. Quando algo se quebra em nós resta contemplar os cacos, como se uma visão externa se tratasse. Não existe remédio para esta ânsia de viver que tropeça nos sobressaltos da velhice. Melhor calar-me por ora, até que a vontade de viver e partilhar volte. Morram as ilusões, viva a ilusão!

 

Fecha-se temporariamente esta taberna, esperando que as obras de remodelação no taberneiro surtam efeito. Até sempre.

 

P.S. - Sem outras maleitas que não as da alma, agradeço a simpatia e carinho demonstrados. Porque sei que mesmo por entre o céu mais cinzento há sempre um raio de luz, não é isto um adeus, apenas um até breve.

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56 comentários

De Fernando Lopes a 01.12.2015 às 19:41

A si, companheira sempre presente nesta longa viagem, um beijinho especial e um até já.

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