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Já recebo comunicados de imprensa!

por Fernando Lopes, 11 Dez 14

Especiarias de O Pretinho do Japão.jpgOs silos que recordo da infância

 

Há uns tempos escrevi sobre uma mercearia da infância, «O Pretinho do Japão». Para surpresa minha, aqui a taberna recebeu um convite para a inauguração de um renovado estabelecimento. Já recusei inúmeras propostas de publicidade, não faço posts a pedido, enquanto tiver trabalho e amor-próprio jamais me transformarei num vendilhão do templo. Escrevo o que quero, quando quero. Assim, embora insensível à publicidade, não o sou aos afectos. Defender o comércio tradicional não é gostar muitas das lojas tradicionais e depois ir a correr para o hiper poupar meia-dúzia de cêntimos. É frequentar lojas com gente que conhecemos, que tem nome, passado, que atendem personalizadamente. Vou lá comprar os damascos secos que o meu amor devora como louca por épocas do Natal. É importante praticar o que se prega, por isso, se vos interessar dêem um salto a este sítio emblemático, apreciem a vetustez dos silos, vejam as senhas de racionamento dos anos 40. Porque uma mercearia também pode ser um bocadinho de história.

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10 comentários

De Sandra a 12.12.2014 às 11:17

Ainda hoje, quando passo na mercearia (que não é do bairro, mas da vila), apesar de ter novos donos e ter um aspecto mais moderno, sinto o cheiro de há 30 anos atrás, quando passava à porta ao vir da escola ou quando a minha mãe me "mandava aos recados". É só fechar os olhos e tenho outra vez 9 anos, o senhor atrás do balcão refila com alguém e as casas ainda estão todas habitadas...

De Fernando Lopes a 12.12.2014 às 11:58

Compreendo-a bem. Também eu sou sensível a esses "percursos dos afectos". Dão-nos a sensação que não existem impossíveis ou mudanças, tal como na infância.

De bloga-mos a 12.12.2014 às 12:28

Se tiverem cartuchos de papel rijo com tirinhas vermelhas vou lá na próxima semana comprar figos e damascos secos para oferecer à famelga...

De Fernando Lopes a 12.12.2014 às 12:49

Acho que ainda têm dos velhos cartuchos de papel. A tira vermelha é só para esquerdelhos como nós. ;)

De bloga-mos a 12.12.2014 às 13:36

Espero que nos respeitem como entidades em vias de extinção, caro Nando...

De golimix a 12.12.2014 às 18:34

Também eu já recusei publicidade e compreendo-te tão bem. Sou adepta fervorosa do comércio tradicional.  Parece que tudo tem um sabor diferente.  Aqui para o interior ainda vale muito, e existe, esse comécio da infância que falas.

De Fernando Lopes a 12.12.2014 às 19:29

Aqui no Porto também vão subsistindo algumas boas lojas. Mas nos produtos alimentares, embora a qualidade seja superior, o preço também o é. Como pode um pequeno lojista competir com a Sonae ou JM? E nestes tempos de bolsa vazia as pessoas tendem, naturalmente, a procurar os preços mais baixos.

De golimix a 17.12.2014 às 08:26

Aqui a vantagem (ou não) é que a única grande superfície é o Pingo Doce. E mesmo assim não é muito bem fornecido...

De Fernando Lopes a 17.12.2014 às 13:17

O comércio no interior tem sempre uma oferta mais reduzida e preços altos. São os famosos "custos da interioridade".  :(

De golimix a 18.12.2014 às 11:11

A tal qualidade de vida?

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