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Foguetório com incêndio à porta.

por Fernando Lopes, 11 Ago 15

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Todos os anos se discutem os incêndios, todos os anos o meu Minho arde. Vejo-os falar em acções de sensibilização, informação e actuação policial. Muito arderá por acção criminosa, outro tanto por simples negligência, pior ainda, cretinice. Há dois anos houve um incêndio de média dimensão que chegou a ameaçar a igreja de Nossa Senhora do Vale, esteve a pouco mais de 500 metros em linha recta da minha aldeia. Da varanda consigo ver até mais de 10 quilómetros de distância. Nessa noite, enquanto carros de bombeiros protegiam a igreja, estive até às 3:00 da manhã a ler e a vigiar. Via um fogo numa aldeia distante e foguetes a serem lançados numa aldeia vizinha, o povo totalmente indiferente. Enquanto a tragédia não nos bate à porta, o que interessa é encher o olho e celebrar as férias dos emigrantes. Com um povo capaz destas barbaridades haverá floresta que resista?

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4 comentários

De bloga-mos a 11.08.2015 às 13:18

Concordando na totalidade devo acrescentar a total irresponsabilidade dos editores noticiosos que dão tempo de antena ad nauseum aos pirómanos que disso se alimentam.

De Fernando Lopes a 11.08.2015 às 15:14

Tens toda a razão, um fogo nos meios pequenos é um acontecimento, muito maluco é capaz de atear um incêndio para curtir o movimento dos bombeiros ou para ver o pessoal da terra na televisão.  

De Maria Alfacinha a 12.08.2015 às 00:07

Há muitos anos atrás, vivi dias de verdadeiro pavor, entre dois fogos, um na Serra da Boa Viagem e o outro nas Lagoas de Quiaios. Por muito que me dissessem que o fogo não chegava ali - e possivelmente não chegaria - não consegui descansar enquanto não foram dados como extintos, o que só aconteceu quando não havia mais nada para arder. O campo perdeu muito do seu encanto - para mim, claro! - por causa desses dias e nunca mais quis viver no meio dele. Todos os Verões me lembro disto e não há, talvez, paisagem mais dolorosa do que a que fica quando isto acontece.  E todos os Verões me lembro, porque todos os Verões a história se repete. Rai's partam a indiferença, as terras por limpar, os descuidos, a péssima reflorestação... enfim... 

De Fernando Lopes a 12.08.2015 às 08:08

Também já estive perto de um enorme incêndio, e sabes o que me marcou mais? O ruído. Aquele crepitar muito alto, o barulho da madeira a ceder meteu mesmo muito medo.

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