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Ensino público e privado, a minha verdade.

por Fernando Lopes, 9 Mai 16

Tive a minha filha num infantário privado, quando chegou a escola continuei a tê-la no ensino privado. A expensas minhas. Estudei no privado e público, tenho dificuldade em diabolizar qualquer dos dois.

 

Fui coerente com as minhas opções ideológicas; quis um colégio laico, expliquei que era ateu, não permito que frequente aulas de religião e moral até que tenha idade para o fazer conscientemente. A partir daí será opção dela.  

 

A conversa da chacha instalou-se de tal forma que até parece que uma esmagadora maioria dos pais que opta pelo privado não o faz pagando do seu próprio bolso. Podemos estar a falar de favorecimento de meia-dúzia de colégios, mas serão certamente uma gota de água no total de pais e alunos que fazem esta opção.

 

Parece-me justíssimo que não se financie o privado se o público tem oferta capaz e em volume suficiente para satisfazer as necessidades locais. Estou igualmente seguro que esta é uma micro-realidade e como tal merece ser tratada.

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10 comentários

De redonda a 09.05.2016 às 22:37

É o que penso também (na 1ª classe estive num colégio particular, depois sempre no público até à faculdade).

De Fernando Lopes a 09.05.2016 às 22:46

Muito barulho sobre nada, Gábi. Um colégio que necessita dos contratos de associação para sobreviver não é competitivo na oferta, consequentemente deve fechar. Estamos a falar de meia-dúzia de escolas, quase todas na zona centro, que dependem em exclusivo destes subsídios. 

De Luis Moreira a 09.05.2016 às 23:32

Se fossem maus nnguém os procurava. As más escolas é que têm que fechar sejam públicas ou privadas. http://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/na-holanda-70-de-escolas-tem-contrato-1624465

De Fernando Lopes a 10.05.2016 às 00:44

É uma perspectiva liberal de que discordo. O estado tem de assegurar serviços como hospitais, escolas, estradas, é essa a função dos impostos, redistribuir, democratizar, não disponibilizar catálogos de serviços à medida. 

De Pseudo a 09.05.2016 às 23:40

Copio para aqui os comentários que deixei no tasco da M.J., que vale a pena ler diariamente:
(http://eagoraseila.blogs.sapo.pt/)
"cada um escolhe o que quer. desde que pague. "

^^^^ exactamente a minha posição. Sou assumidamente contra o estado pagar / subsidiar / ajudar quem frequenta o privado. O meu filho frequenta uma privada, pago por mim e pelo MQT, sem qualquer subsídio. Felizmente podemos.
O argumento "liberdade de escolha" afinal já não serve quando há 3 ou 4 escolas públicas na área geográfica duma escola privada? Se o privado é melhor - que é, em muitas áreas geográficas - então desvie-se as ajudas / os subsídios dessas privadas para as escolas públicas que circundam instituições privadas. Como é o caso aqui na cidade de Braga. Os professores e assistentes operacionais do privado ficarão desempregados? Alguns sim, é certo. Permitam às escolas públicas, via autarquias, a contratação de mais funcionários, que bem necessários são. "ah e tal, estamos num país democrático", pois estamos. Onde estava esse conceito quando se decidiu fechar escolas primárias públicas em certas zonas? Ou agrupá-las com outras, formando os malditos megaagrupamentos onde as pesssoas, sem excepção, são vistas como números e não como indivíduos? Pois é...
Estudem-se todos os casos das privadas caso a caso, analisem a sua posição geográfica e depois, só depois, venham com os devidos alarmismos para a comunicação social.
Para mim é claro como a água.

De Fernando Lopes a 10.05.2016 às 00:48

Fiz as minhas opções, pago-as. Mas não quero que os meus impostos sirvam para financiar colégios religiosos num estado laico. Quem quer ir à missa que dê a esmola.

De Maria Manel a 13.05.2016 às 16:06

"expliquei que era ateu"
Eu sei no que um ateu não acredita, mas não sei em que crê, nesse espaço que fica.
Em quê?


Bj

De Fernando Lopes a 13.05.2016 às 18:40

Acredito que nem a alma nem deus existem, são uma construção humana, uma ideia suprema de bem e eternidade. É importante que a cabeça não lhe seja castrada por ideias de pecado e de mal, falsas. O bem e o mal são escolhas nossas, dependem do nosso livre arbítrio, mais nada. 

De Maria Manel a 16.05.2016 às 10:22

Há já algum tempo que a igreja católica abandonou a ideia de a alma e o corpo estarem separados,considerando que o ser humano é uno. Quanto à perspectiva maniqueísta/ dualista, também não é a pauta. A doutrina corrente não é a doutrina de fundo, mas é preciso "mergulhar", não ficar pela rama. Contudo, ainda não deixamos de acreditar em Deus Image
Até a ciência ajuda...
bj

De Fernando Lopes a 16.05.2016 às 18:54

Não quero arregimentar ninguém, até porque o facto de ser ateu não é uma causa, apenas reflecte a minha forma de ver o mundo, e como bem sabes sou um tipo tolerante. 

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