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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 31 Ago 16
Charco Verde
Dia 6, El Golfo (Charco Verde), Parque Nacional de Timanfaya, Vinhedos.
O Charco Verde está situado junto à aldeia piscatória de El Golfo. É protegido, e numa bela praia de origem vulcânica existe o lago, que é verde devido à enorme acumulação de fitoplâncton e enxofre. É alimentado por correntes subterrâneas e apenas pode ser visto à distância. O contraste entre o mar e o lago é algo que merece a visita, mau-grado o enorme número de turistas.
Entre os anos de 1730 e 1736 a ilha de Lanzarote foi submetida a erupções quase ininterruptas. Foram destruídas vilas inteiras, rochas projectadas a mais de vinte quilómetros de distância. Uma catástrofe que causou morte, destruição de bens e terras férteis, mas que paradoxalmente aumentou a área da ilha em cerca de vinte por cento. O Parque Nacional de Timanfaya, resultado dessas erupções recentes, é a maior atracção turística da ilha, uma paisagem lunar, desértica, onde só crescem pequenos arbustos que armazenam a humidade nocturna e sobrevivem contra todas as probabilidades. É uma zona de paisagem protegida, onde tudo está pensado para o turismo, procurando simultaneamente minimizar o seu impacto.
Timanfaya
O acesso ao parque é restrito, i.e., só podem estar um determinado número de visitantes de cada vez. Quem quiser ir de carro tem duas limitações: um enorme tempo de espera, e um percurso menos interessante que o que é feito por autocarros.
Existem três percursos: um de trekking destinados aos corajosos que se dispõe a caminhar cinco quilómetros a pé sobre um sol ardente; um de carro, com um trajecto menos interessante e mais curto; e um de autocarro, ao que me contaram, o mais completo dos três. Assim, para quem não tiver muito tempo, a excursão de autocarro acaba por ser mais célere e permitir ver mais do parque.
Em Timanfaya, a dez metros de profundidade a temperatura ainda é de 400 graus centígrados. São feitas demonstrações aos turistas, deitando água por um cano que se transforma num jacto de vapor, ou atirando arbustos para um poço onde os mesmos, em poucos segundos pegam fogo. O que vale mesmo é o passeio entre a lava transformada em rocha, uma quietude absoluta, uma paisagem única.
Basta um poço de meia-dúzia de metros para o calor incendiar arbustos secos em segundos.
A água desce dez metros e sobe transformada em vapor.
Estrada entre muros de lava.
Paisagem «lunar».
Cratera
Temos também a parte circense do parque, em que por 6 € os visitantes podem dar uma volta de camelo. Existe inspecção veterinária e preocupação com os animais, estes têm dois dias de descanso por cada dia de trabalho, condições que muitos de nós certamente ambicionariam.
Camelos com contrato colectivo de trabalho.
Por últimos vistamos as vinhas típicas da ilha e uma bodega. Todas são rodeados de um meio círculo de pedra que as protege dos ventos, e encontram-se na parte mais baixa do declive onde são plantadas. A razão é simples, o pequeno muro protege-as dos ventos, estar na parte mais baixa permite que a humidade nocturna escoe para a planta. Provámos o vinho, mas como bons portugueses achamos o nosso melhor. Tem um sabor diferente do que estamos habituados, sem a «vida» dos nossos brancos. É só uma opinião de um tuga, que de vinhos nada entende.
As vinhas da lava. ;)
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
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A cor predominante é da pedra, não é? Parece tudo tão estéril.