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Dias de Lanzarote (II).

por Fernando Lopes, 30 Ago 16

Teguise_feira_1.jpgFeira de Teguise.

Dia 5, Mercado de Teguise.

 

Teguise é uma cidade histórica, primeira capital de Lanzarote até meados do Sec. XIX. Preserva a traça antiga e é por isso um exemplo da arquitectura canária e lanzarotenha, com as suas ruas estreitas, pátios, e a habitual calmaria dos locais onde ninguém tem pressa e o tempo tem tempo para ser gasto. Esta tranquilidade é interrompida semanalmente, ao domingo, por um dos mercados mais afamados das Canárias. Transformou-se sobretudo num evento turístico, onde todos procuram pechinchas entre os mais de quatrocentos feirantes. Hordas de turistas – moi-même incluído – enchem as ruas centrais de Teguise.

 

 
Teguise_feira_2.jpg Milhares de turistas na feira.

 

Teguise_4.JPGPerspectiva do campanário


A maioria das vendas consistem em produtos falsificados, t-shirts Adidas, Nike e o mais que se queira. Existem também pequenas bancas de artesanato local, sobretudo jóias e adornos produzidos com rocha vulcânica, o elemento comum e mais frequente de Lanzarote. Como pontos de interesse um museu de arte sacra (entrada 2€) e um forte que servia de defesa convertido em «Museu da Pirataria». Aqui também se fabrica o Timple, uma espécie de cavaquinho usado no folclore local. A cestaria e olaria também estão presentes em muitas das bancas da enorme feira.

 

teguise_british_cuisine.jpg A «cozinha» britânica em todo o seu esplendor na feira.



As jóias de rocha vulcânica são baratas mas vulgares. Os exemplares mais originais e belos encontrei-os numa banca de freaks que reinterpretam o tradicional. Muito mais caro, muito mais original. À escolha de um cliente em busca de modernidade e originalidade, ou um outro que se contente com o recuerdo igual a todos os outros e fabricado em série.

 

 
Teguise_idoso_autocarro.jpgAncião à espera de autocarro.



teguise_diabo.jpg Estátua de «Diabo» à entrada da cidade.
 
Teguise_museu_arte_sacra.jpg Entrada da igreja. Ao lado o museu de arte sacra
 
Teguise_casa_tradicional.jpgExemplo de arquitectura tradicional. 
 

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8 comentários

De Genny a 30.08.2016 às 09:32

Bom dia, Fernando!
Essa estátua à entrada da cidade deve ser uma maneira estranha de dar as boas vindas às pessoas, não?

De Fernando Lopes a 30.08.2016 às 12:35

É um símbolo local. O do Parque de Timanfaya também é um diabo feito César Manrique. 


A lenda do Diabo de Timanfaya aqui:
https://sinalefa2.wordpress.com/2014/07/30/la-leyenda-del-diablo-de-timanfaya/

De Anónimo a 30.08.2016 às 12:01

De fonte segura soube que aquele pedaço de terra se aguenta firme graças a uma Pilar munida de bom café português.
Filipe em modo inside-information ou lá como se escreve essa merda

De Fernando Lopes a 30.08.2016 às 12:38

Verdade. Portugalidade servida por uma espanhola viúva de um português célebre. 

De alexandra g. a 30.08.2016 às 22:13

Eu digo isso do pilar da ponte aaahhh!!!, cebolas, er, há anos, mas até hoje sempre me ignoraram. Agora, tu e o "Filipe em modo inside-information ou lá como se escreve essa merda" corroboram, finalmente (já o fizeram antes, mas sublinharam :)


_____
boas férias para ti e para a tua família :D

De Fernando Lopes a 30.08.2016 às 22:26

O episódio nada tem de secreto. Na visita à casa de Saramago dei de caras com Pilar del Rio. Tinha dela uma ideia de irascibilidade, guardiã da obra e espírito do marido, de um certo pedantismo pessoal e intelectual. Foi de uma simpatia extrema, quase familiar, mostrou atenção e carinho por uns portugueses que nunca tinha visto. Uma verdadeira anfitriã que mandou por água abaixo os meus preconceitos. 

De alexandra g. a 30.08.2016 às 22:30

Não duvido, Fernando. Até eu, mesmo sem pagamento, consigo ser uma actriz de excelência. Paga, melhor ainda...


Mas repara, nisto, nada há de descrença na espécie. Tudo o que me vemà memória, lembrando-me dela, é da cabeça dela no ombro do Mário Soares, por muito que (eu) não lamente...

De Fernando Lopes a 30.08.2016 às 22:31

Se é actriz, montou de improviso um número e tanto. :)

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