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Demasiadas escolhas.

por Fernando Lopes, 6 Jun 17

Entro num café e peço um Compal de laranja:

 

 - Laranja grande, do Algarve, Clementina Mediterrânica ou laranja do Brasil?

- Porra homem, sei lá, quero qualquer coisa de laranja. Acha que pergunto às laranjas de onde vêm antes de as comer ou beber?

 

É assim em todo o lado, para qualquer coisinha que se compre existem mil variedades prontas a servir qualquer mania.

 

Tome-se o pão como exemplo. Assim sem grande esforço, qualquer padaria tem pão bijou ou molete à moda de antanho, pão integral, de cereais, de água, milho, girassol, saloio, com nozes, passas, chouriço, queijo, sementes disto e daquilo.

 

O papel higiénico temo-lo de folha simples, dupla, tripla, quádrupla, perfumado, às cores, húmido e com aloe vera para rabinhos sensíveis. O objectivo não é limpar o rabo bem limpo?

 

Coloco-me frente a uma secção de dentífricos e existem pastas de sabor a todas frutas, menta, para dentes sensíveis, gengivas fracas, branqueadoras, protecção completa.

 

Sou eu que estou a ficar velho e sem pachorra ou a diversidade de oferta já chegou ao disparate?

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17 comentários

De Carlos A. de Carvalho a 06.06.2017 às 22:15

Eu também tenho esses problemas só que .............com a minha dignifica esposa . Se entrar em qualquer lugar para tomar um sumo , ainda que só existam dois tipos , ela leva uns 15 minutos para escolher  . Idem para comer , escolher mesas em restaurantes , cinemas e até em aviões . Quando a criatura entra em loja de sapatos , vou ali...... e volto só depois que ela me liga no telemóvel . E quando por vezes me esqueço com quem sou casado e solto baixinho "xiii" , vai começar , ela acaba com a minha raça . Isso com 1,54 mts de altura . Imagina se fosse uma matulona . 

De Fernando Lopes a 06.06.2017 às 22:28

Eu sei, a minha mulher é igual. Vamos muita vezes ao mesmo restaurante, a carta é sempre a mesma, e insiste em voltar a lê-la à espera de novidades. Às compras já não vou, ia criar raízes. Sou coisas femininas, temos de nos habituar. :)

De pimentaeouro a 06.06.2017 às 22:32

A sociedade de consumo no seu melhor.

De Fernando Lopes a 06.06.2017 às 23:19

Existem coisas tão disparatadas que nem sei bem porque são vendidas. Papel higiénico perfumado? Como os cães, vamos andar a cheirar o rabo uns aos outros?

De lucilia a 06.06.2017 às 23:53

Sempre que me deparo com a prateleira dos yogurtes ( quando não conheço os cantos do supermercado, só compro yogurtes naturais e, tendo-me tornado, com a idade céguinha vejo-me negra para os encontrar, vem.se sempre à memória a minha infância -como sobrevivi? depois penso -vai -ser difícil alguém que não saiba "contornar" um supermercado chegar aos cinquenta...

De lucilia a 06.06.2017 às 23:55

...ficando só com uma vantagem -nunca saberão o que é não ver bem ao perto

De Fernando Lopes a 07.06.2017 às 07:26

Nos supermercados o mais engraçado é quando o produto que queremos está no cimo de uma prateleira das altas. :)

De Anónimo a 07.06.2017 às 08:28

Tirando o remeter para o lado feminino essa coisa de gostar de uma sociedade excessivamente cheia de opções de consumo (ai, alguns homens que conheço...), concordo plenamente. Só o tempo que se perde num supermercado mesmo quando sabemos o que queremos...está escondido entre mil coisas mais. Há uns anos na Suécia fiquei admirada com a diferença dos supermercados deles em relação aos nossos, nada destes excessos, nem metade da oferta e tudo muito simples, sem metade do marketing...já não há paciência!
~CC~

De Fernando Lopes a 07.06.2017 às 09:25

Não é, de todo, uma questão de género. Confesso que a variedade é boa até ao ponto em que nos confunde. Comprar passou a ser um acto de elevada complexidade. :)

De Anónimo a 07.06.2017 às 09:49

Todos os dia temos que tomar dezenas de decisões. Umas importantes, outras nem por isso. 
Por vezes apetecia-me que decidissem tudo por mim... mas passa-me logo!

MM 

De Fernando Lopes a 07.06.2017 às 10:46

Só acho uma patetice haver 200 produtos que fazem exactamente o mesmo. Dá uma falsa sensação que estás a escolher, quando às vezes são todos feitos no mesmo sítio.

De Carlos A. de Carvalho a 07.06.2017 às 13:16

Desculpem , onde escrevi, dignifica , queria escrever digníssima .   

De redonda a 08.06.2017 às 00:17

a 1ª opção claro, afinal um dos grandes prazeres da sociedade actual está a ser-nos oferecido completamente de graça! podemos passar horas nos hiper-mercados a comparar produtos, sem esquecer o desafio que é acertarmos no mais barato  - podemos divertir-nos a calcular, por exemplo, no caso do papel higiénico,em função dos metros de cada rolo, do numero de folhas, da largura, etc.   :)

De Fernando Lopes a 08.06.2017 às 19:02

Gábi, confesso que a minha paciência para compras é diminuta, quanto mais ainda andar a comparar isto e aquilo. Sou assim como todo o género de compras, não só as de supermercado. 

De alexandra g. a 10.06.2017 às 23:55

nisto, ok.
ou gosto, ou não gosto, seja roupa, calçado, caderno, saboneteira (minto, esta, ou é pedra de xisto ou concha que papai apanhou nos fundos do Índico).


não são, de facto, questões de género, são questões de assertividade pessoal, gosto marcado, resíduo algum de cedência aos "apelos do mercado".


_________
(lembro-me de, ainda casada, com a mesmíssima lista de compras no supermercado, cumprir a tarefa para uma semana por aprox. €50,00 e ele pelo dobro, ou mais: ainda hoje tenho a certeza que 

De alexandra g. a 11.06.2017 às 00:01

(o teu blogue é louco, não me deixa acabar a mensagem à primeira :P)


Bom, continuando:
ele, sendo um tipo na área do Marketing & Etc., cedia às marcas, fazendo sempre as compras por exorbitâncias inacreditáveis. 


Ainda hoje prefiro, de longe, os iogurtes simples, sem açúcar, sem aromas, basta-me a complexidade que já os compõe:)


_________
As pessoas 'excessivas' continuam a afastar-me. Muito.

De Fernando Lopes a 11.06.2017 às 19:38

Tenho coisas porque pago muito mas a qualidade é consentânea e são bens de longa duração. Quanto ao resto não sou insensível ao marketing - mas passa-me muitas vezes ao lado. 

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