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Corredor de fundo afectivo.

por Fernando Lopes, 9 Mar 15

Nunca fui grande conquistador. Tive a minha dose de namoraditas de adolescência, relações de toca-e-foge, beijos e amassos aqui e acolá. Namoradas a sério tive três: uma muito jovem, quando era caloiro na faculdade, numa relação que durou talvez um ano, um longo namoro de nove anos e a mulher com quem casei há mais de vinte. Sou essencialmente um corredor de fundo afectivo, embora às vezes tenha uma pontinha de inveja dos sprinters.

 

Com o avançar da idade questionamo-nos sobre tudo, e o velho cérebro cansado recebe flashes de informação passada. Estava a ler, mais uma noite insone, e um parágrafo recorda-me dos gestos mais eróticos que já tive. Nada particularmente hollywoodesco, coisas simples, a demonstrar quão fraco Casanova está por detrás destas linhas. Num momento recordei: acender dois cigarros e colocar um deles na boca da mulher amada, uma festa ligeira na face e um olhar despojado de tudo. Um segundo que foi (é) uma eternidade. O outro, desejar ardentemente uma mulher, mas porque comprometido, beijá-la na testa como que num pedido de desculpas, tocar-lhe com o indicador na ponta do nariz e virar costas. Miraculosamente, ainda hoje estamos juntos.

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8 comentários

De golimix a 09.03.2015 às 21:23

Devias ser fresco, devias... Image

De Fernando Lopes a 09.03.2015 às 21:53

Moi? 
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De Alice Alfazema a 09.03.2015 às 22:17

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De Fernando Lopes a 09.03.2015 às 22:31

Nada disso, um tipo normal. Tive a minha dose de turbulência até aos 19, a partir daí fui sempre o que os ingleses definem como «confiável». Já fui alertado por amigos que expunha muito da minha vida privada aqui no blogue. Na verdade, só conto uma parte ínfima da intimidade.
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De bloga-mos a 10.03.2015 às 09:26

Recomendaria a esses amigos arranjarem uma vida, Nando...

De Fernando Lopes a 10.03.2015 às 11:25

Não é por mal, mas faz lembrar aqueles país que dão pancada aos filhos e dizem "é para teu bem".

De .. a 11.03.2015 às 19:18

Olá, Fernando! Tinha dito que me iria reservar a não comentar, mas em primeiríssimo lugar PARABÉNS pelo destaque/recorte e por amar flores! Mesmo que incomode os homens de "barba rija" que apelidam de "panascas" os outros que sabem ser belíssimos seres humanos, não desperdício de espaço e ar. Enfim... Depois, desculpe, estive para me atrever a escrever-lhe um email, mas mal cheguei aqui e vi esta da "exposição no blog" e sendo, eu uma "gaiata" que não me exponho nada... Image vinha saber se por acaso hoje o Fernando resolveu dar bombons a quem visitasse o meu blog? Se chegam ainda para mim?! Agradecer as visitas redireccionadas do seu, que já são mais que muitas hoje! Como já espero tudo... Queria saber se há mesmo direito a chocolates. Ou balões!
Por outro lado, como todos os ataques, baixezas e coisas estapafúrdicas que se fazem nesta plataforma, há quem tenha a certeza que serei eu que os faço (dizia uma coisa, mas respeito-o demasiado a si e ao seu blog) penso se por acaso não pensarão que a dos "panascas" é "minha." Por acaso detesto a palavra, que na melhor das hipóteses me recorda panados, e eu gosto tanto deles. Dos panados! Mas também sou pelos "panascas!!!" Portanto, totalmente a desfavor de bestas quadradas, por isso dá no mesmo! Não sei se é do Porto clube mas deve ser e redobrados parabéns. E pronto, desculpe o comentário que mais valia não ter sido feito mas famas sem proveito não me assentam bem no estômago! Um resto de boa semana e tudo de muito bom hoje e sempre para a família e o meu amigo e cilindre-os com uma flor ou com um pedregulho... Também serve para alguns! Assenta-lhes como uma flor! Beijinho se me permite e se quiser apagar o meu comentário tem toda a fundamentação para tal e bem haja mais uma vez pela sua amizade.

De Fernando Lopes a 11.03.2015 às 19:37

Quando um comentário desce ao nível do esgoto, apaga-se. Foi o que fiz. Só vi o comentário agora, e nem tinha reparado no destaque do Sapo. Fui ver as visitas ... ena tantas! :) Faz-me lembrar uma velha estória que vivi no Porto Santo. As senhoras do turismo recomendaram-nos um bar num sítio muito remoto. Quando chegámos lá era muito bonito, um oásis no meio da terra seca, com lagos, peixes, aves e flores. Perguntámos porque é que não fazia publicidade: Não quero cá muita gente, vêm e estragam tudo, irritam os animais, partem as plantas. Quero pouca confusão. Isto sintetiza o que penso sobre o meu pequeno blogue. 

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