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Como estilhaço.

por Fernando Lopes, 21 Jan 16

Falava com um amigo sobre desilusões e frustrações amorosas. Ao contrário do que é vulgar dizer-se, o tempo não cura tudo, apenas ameniza. Quando algo corre mal sabemos que fracassamos como indivíduo e casal. Para quem deu o melhor de si, acreditou que ia resultar, ficará sempre dor e um sabor agridoce. Como um estilhaço que a pele cobriu, normalmente causa pouco incómodo, no entanto se lhe tocarmos, dói. Aprender a conviver com essa dor, umas vezes suave, outras dilacerante, é tudo o que resta.

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11 comentários

De Inês a 21.01.2016 às 19:46

Intenso.

De Fernando Lopes a 21.01.2016 às 20:03

«Intenso» é o meu nome do meio. Traz mais dissabores que alegrias.

De O- negativo a 21.01.2016 às 20:30

Suportamos tudo! TUDO mesmo. Não há como não aguentar. Está-nos no DNA. Por mais dor. Mais fracturante, sobrevivemos. Sempre! Até à morte de quem nos é carne e sangue. Por vezes o mal é esse. Seria melhor acabar. Intervalar esta "guerra" que travamos aqui e que nos deixa tantas cicatrizes. Seria bom poder descansar (também). Dar-nos uma amnésia severa. sei lá.
Mas, um belo dia... que é, para mim, o mais atroz de todos... verificamos que já não dói mais. Isso... é o mais demolidor sentimento que pode "instalar-se." Não sentir nada. Não sentir nada e desvanecer-se. Parecer não ter tido nunca intensidade. Não nos ter feito vibrar até ao ponto da loucura. É arrasador ficarmos... vazios. É a vida...  
Um abraço amigo, se me permite. Bom resto de semana.

De Fernando Lopes a 21.01.2016 às 21:00

Penso ser preferível sentir essa dor que não sentir nada. Não sentir nada quando confrontado com alguém que nos fez amar tanto deve ser equivalente a morrer em vida.

Abraço.

De Anónimo a 22.01.2016 às 11:47

O que mais me dói é a frieza de quem levianamente nos fez mal. Vou ali choramingar para um cantinho...
Filipe fodido da cabeça

De Fernando Lopes a 22.01.2016 às 19:00

A leviandade é muito difícil de definir. Muitas vezes fazemos mal aos outros e a nós sem querer. Se quiseres klennex eu forneço, vai ser como uma sessão do «Perdoa-me». :)

De Anónimo a 23.01.2016 às 09:11

Gosto do texto...as usual.
Fernando houve um homem que entrou na minha vida porque quis. Não andei atrás dele. Fui impulsiva e acabei mas nem tinha começado...só nos tinhamos encontrado 2 x...a primeira vez, é amigo de um amigo meu e a segunda fez me favor de me ajudar a escolher uma coisa da area dele. Foi tudo muito virtual. Escrevi que só podia ter má intenção...que era um traste. Desta x cortou ele. Passado meses...telefonei e pedi para tomarmos um café...ele não sabia mas era a 1x que eu convidava um quase desconhecido para tomar um café.
Tomamos 1 café, 3 almoços...14 jantares (as mulheres contabilizam), falava horas ao telefone...contei-lhe a minha vida. O meu tm e o meu trabalho interrompiam os jantares, o meu excesso de trabalho incomodava-o, o assédio moral em contexto laboral fazia-o furioso que eu o permitisse e começou a dizer que eu era muito inteligente mas só para certas coisas. No último almoço, um ano depois, disse, eu tenho um defeito desisto qdo uma coisa não dá; respondi então desiste (detesto paredes), olhou me aborrecido...não estou a falar de nós. Nunca tentou tocar-me. 
Enviou-me um email de 10 parágrafos a dizer não vou encontrar me mais contigo, a nossa relação foi sempre de amizade...Não estou aborrecido contigo...mas nao vais mudar pois nao? Respondi nao. O que se responde? 
Nessa altura eu pensei mas se é amizade porque acabas? 
Fiquei sem mexer petrificada. Foi como um personal trainer ensinou-me n...e n igual a muitos. O que sinto? Acho que me ajudou para a vida mas o meu primeiro namorado era esquisofrenico e eu tenho horror a frieza...intenso nome do meio, prefiro ;)...será que foi só amizade? Será que intenso não era o nome do meio....será como era amigo do meu amigo queria ver se eu dava o primeiro passo. Disse-lhe uma vez...comigo tens de fazer um desenho...era literal. Neste momento encontrei um homem que faz desenho...e este saiu completamente da minha vida. Nunca alguém saiu sem regressar. Quando passo a mão não doi qdo tento compreender...não comprendo.

De Fernando Lopes a 23.01.2016 às 10:34

Todos passamos por situações complexas desse tipo. Já aqui escrevi que a amizade entre um homem e uma mulher esconde quase sempre tensão sexual. Raros são os casos em que a coisa se passa a nível fraternal, embora tal também aconteça. Sem me querer armar em «Dra. Ruth», o que me parece é que o jovem esperava de si mais do que uma simples relação de amizade e isso frustrou-o. A ambos, aliás. Refiro-me na posta a casos de amor consumado. Quando isso acontece, ficam outro tipo de marcas. Mas quem sou eu para analisar os outros, se até as minhas dores tenho dificuldade em lidar e identificar...

De Anónimo a 23.01.2016 às 20:40

A casos de amor consumado...este é um caso de amor não consumado?!
É tão fácil fazer um carinho a este que só posso achar que o outro era arrogante e orgulhoso. Mas chega. Isto é uma posta de amor consumado. Vale mais...

De Fernando Lopes a 24.01.2016 às 10:25

Não é minha intenção desvalorizar o que disse e sente. No entanto o amor tem uma componente física que é parte intrínseca do mesmo. Pode-se amar sem sexo? Claro que sim. É igual antes e depois de os corpos se unirem? Não. O amor físico dá uma outra dimensão aos afectos. 

De Anónimo a 25.01.2016 às 02:50

Há 

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