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Cágado de pernas para ao ar.

por Fernando Lopes, 1 Fev 14

O amor, como a vida, nunca é perfeito. Às vezes, demasiadas vezes, foge aos melhores. Nunca se entende bem o porquê, será o que pomposamente designam por «mistério das relações». Fosses tu desbragado, mulherengo e putanheiro, terias quem sabe, mais sorte neste jogo de resultado imprevisível. Não interessa se se perde, mas o empenho com que se luta. Hoje, desorientado, a ver o mundo ao contrário, como um cágado de pernas para o ar. Amanhã, volta dada, a caminhar lentamente no sentido certo. Homem que é homem, dos duros – e eu sei que és – nunca desiste de amar. Precisa de tempo para dar a volta, e lentamente, recomeçar a caminhar.

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15 comentários

De henedina a 01.02.2014 às 00:36

Perfeito.
ou Nunca é perfeito.

De Fernando Lopes a 01.02.2014 às 00:44

Prometo não falar de amor de gostar e sentir
Portanto não vou rimar com dor um mentir
Joga-se pelo prazer de jogar e até perder
Invadem-se espaços trocam-se beijos sem escolher
Homens temporariamente sós / que cabeças no ar
Não retratos de solidão interior
Não há qualquer tragédia / Mas um vinho a beber
Partidas regressos conquistas a fazer
Tudo anotado numa memória que quer esquecer
Homens sempre sós preferem perder
Homens sempre sós são bolas de ténis no ar
Muito abatidos saltam e acabam por enganar
Homens sempre sós nunca conseguem casar


http://youtu.be/4vUCGoalJoo

De Jorge Castro Pereira a 01.02.2014 às 01:20

Meu filho da... (afinal, também sou do Porto!), boca desbragada; de palavra certa. Meu amigo.
É assim o amor! "Para sempre é quase sempre por um triz", ou, com quase toda a certeza, por muito. Será que tem de resultar sempre em desastre? Talvez sim.
Como dizes, o mundo está de pernas para o ar, para mim claro. Para já está cinzento, veremos que mais tem ele para nos revelar.
Uma coisa eu sei: tu estás por aí. E essa, sim, é uma bela forma de ajudar este velho cágado.

Obrigado

De Fernando Lopes a 01.02.2014 às 11:58

Vamos beber um copo ao amor, à queda, ao levantar-se, ao sacudir o pó e continuar a caminhar?

De henedina a 01.02.2014 às 21:56

Homens temporariamente Sós. Sim, se é homem é mesmo, muito, temporariamente e, mesmo assim, com intermitências.

De Fernando Lopes a 01.02.2014 às 22:32

Mea culpa. Num dos raros momentos confessionais do blogue (ironia), admito que não sei viver só, nem vejo mérito nisso, só desolação. Gosto dos meus momentos de solidão, mas amar e ser amado é tão importante como respirar. Assim é desde os meus 16 ou 17 anos e se por força das circunstâncias tivesse de viver sozinho, rapidamente cairia na depressão ou heavy drinking. Mas isto sou eu ...

De henedina a 01.02.2014 às 22:47

Magister dixit!

De Jorge Castro Pereira a 02.02.2014 às 21:15

As generalizações são sempre perigosas. A facilidade com que se erra é grande.

Sim (isto é para o "dono do estaminé"), vamos (ou vens/vêm) beber um copo. 5ª?

De Fernando Lopes a 02.02.2014 às 21:31

It's a deal.

De henedina a 03.02.2014 às 00:55

"viver só, nem vejo mérito nisso". O problema não é ver mérito é ver desmérito no contrário.

De Fernando Lopes a 03.02.2014 às 19:02

Desolação é bem diferente de demérito, henedina. É o meu modo de ver/sentir, não vale mais que isso.

De golimix a 03.02.2014 às 08:37

A solidão é para quem não vê esperança na humanidade e não sabe amar.Digo eu...

De Fernando Lopes a 03.02.2014 às 19:08

Pode ser uma circunstância ou uma opção consciente, não sejas tão definitiva.

De golimix a 03.02.2014 às 19:31

Pois... tens razão.

De henedina a 03.02.2014 às 21:43

É deve ser isso golimix. Não sei amar.
(e até acho muita graça que amar seja estar com algum sucedaneo do que sonhamos apenas por causa da solidão, NEVER)

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