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A pergunta.

por Fernando Lopes, 11 Jan 16

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Na juventude era consumidor ávido de ficção científica e fantasia em duas colecções de livros de bolso, «Argonauta» e da Europa-América. Há mais de uma vintena de anos que não pegava num livro do género, mas todo o ruído no Goodreads e na net em geral levaram-me a adquirir «O Marciano» que viria a dar origem ao filme «Perdido em Marte» protagonizado por Matt Damon.

 

À parte uma série de patuá científico que as mais das vezes me passou ao lado, é um livro escrito num estilo simples, quase coloquial, onde as peripécias da personagem se sucedem a um ritmo acelerado, mantendo o leitor preso. No fundo é a história de um Robinson Crusoe do futuro, arraçado de MacGyver, com enorme sentido de humor e capacidade de rir de si mesmo e da sua desgraça.

 

Uma das coisas que mais me diverte é ver se os filmes baseados numa determinada obra se mantêm fiéis ao original, e se a minha imaginação foi superada pelo milagre do cinema. Para dizer a verdade a maior parte das adaptações são muito piores que os livros. Lembro-me da honrosa excepção de «O Senhor dos Anéis» em que algumas vezes abri a boca de pasmo para dizer com os meus botões: isto está melhor do que tinha imaginado.

 

O livro, para exponenciar as vendas, vinha com uma sobrecapa referente ao filme. A minha filha ao vê-lo não resistiu à pergunta sacramental.

 

- Pai, esse livro não existe em filme?

- Sim.

- Então porque é que estás com esse trabalho todo?

- Quero imaginar antes de ver o filme.

 

Uma questão inocente de uma criança de 10 anos que estou certo seria replicada pela maioria dos adultos.

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7 comentários

De Fernando Lopes a 11.01.2016 às 22:35

Ela há lá algo mais divertido que imaginar! Ler dá trabalho, requer hábito, disciplina, gosto. Para mim é algo tão natural como comer, mas fui criado num tempo em que a televisão só dava desenhos animados ao fim-de-semana e sabe Deus todos os estímulos audiovisuais que hoje existem eram também eles ficção cientifica. Comecei com os livros dos «Cinco», «Sete» e banda desenhada, mas não julgo os miúdos, provavelmente se fosse da geração deles não seria muito diferente. 

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