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À mes amis français. (*)

por Fernando Lopes, 27 Jul 16

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Sejamos honestos, a oposição colocou as fichas todas no «quanto pior melhor». Fodeu-se. O BE já tinha feito o mesmo ao ser parte activa no derrube de um executivo PS. Também se fodeu. Nada disto iliba o governo, incapaz de captar investimento, criar emprego, actuando quase exclusivamente pelo lado da receita, atirando migalha aqui e ali aos portugueses já no osso. O Sr. Presidente do Conselho estará neste momento a padecer de cólica profunda. A não aplicação de sanções e a tragédia autárquica que se avizinha colocam-lhe o tacho em perigo. A imprensa económica, mais fiel que rafeiro ao modelo da troika, sofre uma pesada desilusão e pede-nos para não os deixar falir. No cu.

 

Desiludam-se os que acham que o palavroso Costa teve algo a ver com isto. Berlim perdoa agora para ganhar legitimidade para o castigo que se segue. Portugal não conta, a Espanha pouco vale. O filet mignon – e a aplicação de um galicismo não é coincidência – é a França. Pacientemente os boches preparam-se para conseguir pela via económica o que não conseguiram pela guerra, vergar a Europa. Há muito Pétain por aí, basta esperar pacientemente.  

 

(*) crónica económico-política de elevado conteúdo e linguagem ainda mais sofisticada. 

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16 comentários

De Fernando Lopes a 27.07.2016 às 22:01

Os «bifes» são um caso à parte, nutrem um profundo desprezo pelo alemães. A propósito, lembrei-me disto:


https://youtu.be/yfl6Lu3xQW0

De Gaffe a 28.07.2016 às 11:11

:D
Relembro no entanto que os nazis ficaram bastante surpreendidos e agradados com o nível colaboracionista dos franceses.
Pode não ser significativo, não o é, com certeza, mas convém relembrar. 

De Fernando Lopes a 28.07.2016 às 12:20

Tem experiência de vida parisiense, conhecerá melhor as idiossincrasias francesas. Será que esse espírito "colaboracionista" ainda subsiste?

De Gaffe a 28.07.2016 às 13:28

É difícil responder.
Os franceses, sobretudo os mais velhos, uniram o sentimento de culpa pela colaboração nazi à culpa do que se sucedeu, das atrocidades que cometeram, logo após a Libertação - contra franceses alegada ou realmente colaboracionistas. Estes dois sublimados sentires fazem com que a Alemanha actual não seja bem acolhida e bem vista (digam o que disserem), mas também não a conseguem recusar abertamente, porque temem que os fantasmas, que os oriundos da colaboração com os nazis, quer os que têm origem na Libertação, se soltem de ambos os lados. 
É um sentimento difuso e ambíguo que nos confunde e que ergue algumas barreiras de difícil derrube.   

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