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Este Porto que amo.

por Fernando Lopes, 28 Nov 15

12292799_1681960555415773_712941085_n.jpgEscada dos Guindais

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Saltimbancos nos semáforos.

por Fernando Lopes, 5 Set 15

IMG_1898.JPG

Saltibancos invadiram ontem os semáforos do Porto, da Praça da Galiza à da República.

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Cretinos à moda do Porto.

por Fernando Lopes, 5 Mai 15

Teve esta pobre cidade como autarca durante uma dúzia de anos um ser mesquinho, patético, bafiento, aspirante a salazarinho. Durante todo este tempo os peões que saíam da estação de metro da Av.ª de França e pretendiam atravessar a rotunda faziam uma espécie de toureio a pé com os carros que por ali circulam. Não teve o salazarinho um engenheiro que lhe sugerisse a colocação de uma divisória e passadeira, evitando atropelamentos e perigos.

 

Rui Moreira, tipo por quem não nutro especial simpatia, tem outro dinamismo, mundo, uma visão da urbe. Logo no início do seu mandato fizeram-se umas obras em dois ou três dias que evitaram(ão) imensos atropelamentos e sustos. Um separador central, uma passadeira, coisas simples e eficazes.

 

Ontem, com a ventania, algumas das vetustas árvores da rotunda caíram. A equipa que trata destas coisas cortou a árvores em pequenos troncos e colocou-os … em frente à passadeira. Os utentes do metro e peões em geral tinham duas hipóteses: ou ladeavam a passadeira ou praticavam «trepa o tronco», um desporto provavelmente interessante para os nórdicos mas impróprio para crianças, velhos e cidadãos em geral.

 

O cretino que coordenava o desmantelamento das árvores não teve a noção da barbaridade que estava a fazer e nenhum dos subordinados foi capaz de o alertar. Deve ser um engenheiro arbóreo, altamente inteligente. Cretinos, mas à moda do Porto.

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Um povo que põe a intimidade à janela.

por Fernando Lopes, 30 Mar 15

roupa_a_janela.jpgPijama, camisa de noite e a bela da cueca de gola alta. O país onde se põe a intimidade à janela.

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Pertença.

por Fernando Lopes, 28 Mar 15

Em conversa com a minha querida amiga Xana, alma mater deste blogue, falava sobre Cedofeita. Lamentava-se ela de não ter este sentido de pertença a um lugar. Como quando fazemos amor com uma mulher, unimo-nos pelo corpo e por momentos as almas confundem-se e passam a uma, assim é a minha relação com esta zona da minha cidade.

 

Sou a Farmácia Sampaio, alfarrabista Candelabro, tabacaria Princesinha, sou o café Bissau que agora mudou de nome, recordo com saudade o velho guarda soleiro da esquina com a Rua do Mirante, sou as mercearias, tascas e cafés, sapatarias e lojas de pronto-a-vestir. Sou a velha cerzideira, as lojas de botões e acessórios de costura. Sou também as gentes, bêbado fedorento, músico de rua, burguês barrigudo, matrona às compras, puto ranhoso, prostituta barata, dono de bar. Amo-os, porque eu sou eles, eles são eu.

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D.Quixote.jpgD. Quixote e Sancho Pança, num mural na Rua Diogo Brandão à Miguel Bombarda

Sozinho neste dia de anos, resolvi fazer algo diferente. Acordei às 11:00 e pedi à Isilda (a nossa ajuda cá de casa) para preparar um sopa com a «trounchuda» que a Tia Helena, minha vizinha de Arcos, nos tinha dado. Os vegetais rurais têm um sabor completamente diverso das espécies irmãs criadas industrialmente. E como gosto de uma boa sopa de couve. Fui almoçar e decidi-me por um cachorro especial, extra-picante. Meti pés ao caminho para fotografar este mural gigantesco de D. Quixote junto à Miguel Bombarda.

 

 

 

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Porto adentro.

por Fernando Lopes, 18 Out 14

abelhas_cedofeita.jpgPorta da abandonada esquadra de polícia, Cedofeita
rua do mirante.jpgRua do Mirante
leoes.jpg«From The Lions Mouth»

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Quando o Ganges não correu para o mar.

por Fernando Lopes, 21 Set 14

Iluminação de um relâmpago sobre Cedofeita

Involuntariamente coloca-se o escriba em cima do acontecimento, ou o acontecimento lhe cai, como mosca em mel, rigorosamente em cima. Caminhada com paragem em esplanada de Cedofeita, junto à esquina com a Rua do Mirante, frente a loja onde outrora se estabeleceu saudoso guarda-soleiro. De vizinhança duas dengosas jovens brasileiras e casal galego consumidor de mais «porros» diários que mandaria o bom senso.

 

À minha frente espanta-me esquadria de porta, uns bons graus desnivelada, tombando ostensivamente para a direita. Num nicho da sapataria Teresinha um casal sem-abrigo monta nocturno abrigo.

 

Deve este vosso servo ter ar próspero ou otário carimbado na fronte. Um cigarro para misturar com o haxixe galego, um café para o sem-abrigo, S. Pedro a escoar o excesso de água, deixando-a cair toda sobre esta cidade. Conceder a chuva e trovoada, a água limpa a alma, pecados, omissões, culpas minhas e alheias, ali fico como que purificado por um Ganges que não corre para o mar, mas contra a ordem das coisas, cai impiedosamente. 

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Palácio de Cristal.

por Fernando Lopes, 7 Set 14

Imagem roubada ao facebook de «Porto Desaparecido»

 

Para a minha geração, Palácio de Cristal, ou simplesmente Palácio, será sempre sinónimo de Feira Popular. Entrando pela Rua D. Manuel II, percorrida a pequena recta ladeada de árvores, estávamos perante dois clássicos de sempre, o martelo para testar as forças e um homem muito velho com um carrinho de ferro. O carrinho tinha uma pega, devia-se empurrar com a máxima força por um emaranhado de curvas e contra curvas. Se chegasse ao cimo, batesse na porta, saltava um cabeçudo a fazer um manguito. Um prémio estranho para os dias de hoje, mas que nos enchia da satisfação do dever cumprido.

 

Havia aviões de sobe-e-desce, barracas de tiro, carrinhos de choque, umas cadeiras que andavam em círculo presas por cadeados numa espécie de desafio radical, barracas de chocolates em que se fazia um furo. Conforme a cor da bola que nos calhasse em sorte, um chocolate diferente.

 

Tínhamos as esplanadas da avenida das Tílias, onde lanchávamos tostas mistas e leite chocolatado UCAL, o lago, onde consoante a bolsa, se podia andar de barco a remos ou a motor.

 

Mais abaixo o «zoológico» com o chimpanzé Chico, o leão Sofala, pavões, aves exóticas e galinhas de Angola a cacarejar «Tou fraca». Restaurantes onde se comia sardinha e frango assado, azeitonas e broa, coisas simples, num tempo simples.

 

Planeei ir à Feira do Livro, apoio a revitalização deste espaço da cidade, mas Palácio será sempre a alegria infantil de uma Feira Popular. 

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Porto antigo.

por Fernando Lopes, 31 Ago 14

Batente de porta, Rua da Fábrica, Porto

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