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O embrionário IV Reich

por Fernando Lopes, 27 Fev 12

Desde tenra idade sofro de germanofobia. Talvez por ter assistido a demasiados filmes de guerra enquanto adolescente, incapacidade em entender a língua, influência paterna. Os mais velhos, ainda com memórias vagas da segunda guerra mundial, não foram propriamente entusiastas da reunificação alemã. Temiam que, uma vez unidos, não resistissem às tentações hegemónicas que se crê impressas no código genético dos teutões.

 

Este texto, pleno de preconceito, é mostra da memória colectiva dos povos da Europa. Quem, com mais de 35 anos, disser que as primeiras palavras que lhe vêm à memória quando se fala da Germânia, não são Heil Hitler, é mentiroso. Por razões históricas e pela força que esta recordação tem na Europa, deveriam os representantes políticos alemães, tratar a questão grega com pinças, sem mostrar pingo de ambição totalitária.

 

Infelizmente, e como já vem sendo hábito, é o inverso que acontece, o que tornas as declarações do ministro alemão do interior incompreensíveis. Há muito que sabemos que os líderes deste país perderam a vergonha na cara. Multiplicam-se em afirmações que oscilam entre o paternalismo e o racismo. Posta a Grécia perante um programa que todos assumem não ser exequível , não lhes falta a desfaçatez para mostrar os verdadeiros intentos. Para mal dos portugueses, o mais africano dos candidatos a primeiro-ministro é de uma subserviência assustadora face ao embrionário IV Reich. Eu, por mim, prefiro os ditadores assumidos, sem falinhas mansas. Esses, pelo menos, mostram claramente os seus intentos.

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You're so full of shit, Mr. Obama

por Fernando Lopes, 2 Out 11


No campo da política, poucos me desiludiram tão enormemente como Barack Obama. Continua a ser um tribuno incomparável, mas um joguete nas mãos dos lobbyists, de Wall Street e do capitalismo. Não esperava que fosse capaz de reverter ideologicamente a América, e o dog eat dog que fazem parte do american way of life. Mas tinha legítimas esperanças que humanizasse um sistema quase psicótico. De 2008 até hoje os prisioneiros permanecem em Guantánamo, os bancos regeneraram-se e como diz o outro "quem manda no mundo é a Goldman Sachs.". O único legado é uma reforma tímida no sistema de saúde. É pouco, muito pouco.

Além do mais mais essa preocupação com a Europa soa a falso. Os americanos já não são donos do seu destino. Venderam-no à China. A crise da dívida europeia pode ser resolvida dentro da Europa. Temos os meios para isso. A América está dependente de boas vontades asiáticas. Continuo a respeitar Obama, acho-o infinitamente melhor que Bachmann ou Palin. Mas fica tudo mais ao menos na mesma na era pós-Obama e o meu coração sangra por esta oportunidade perdida.

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Germanofobia

por Fernando Lopes, 27 Set 11


Começo a sofrer de germanofobia. Talvez porque na minha infância e juventude vi demasiados filmes de guerra, a imagem do nazi louco que queria dominar o mundo nunca saiu do meu inconsciente. Não é politicamente correcto dizer-se isto, mas não será esse também o inconsciente colectivo alemão? Cada vez que a senhora Merkel fala não consigo deixar de vislumbrar um Honecker de saias. Sim, porque também Honecker era um nazi. O único que terá dúvidas se a RDA não era uma democracia será o inefável Bernardino Soares. Depois de ler no aventar que a dívida da Alemanha pode ascender a 185% do seu PIB, cada vez mais me convenço que não é a hipocrisia que comanda Merkel. Trata-se de um fuga para a frente, de esconder os seus próprios podres apontando os dos outros. O "exemplo" alemão é um mito, o bezerro de ouro contemporâneo nesta Babel europeia.

Adenda: [Este comentário da Ana]

Mas também duvido que alguma vez o objectivo fosse a união da europa, pois sabemos que desde que entramos fomos subjugados, quando nos espoliaram das nossas fontes produtivas, tornando-nos dependentes. E as relações de dependência não são saudáveis. A pseudo-união só serviu para tentar fazer frente aos EUA e de certa forma controlar os ânimos bélicos dos países europeus, e como todas as relações falsas não se aguentaram muito tempo.

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Manda quem tem o dinheiro

por Fernando Lopes, 23 Set 11

Este é o verdadeiro Conselho de Segurança da ONU. O discurso redondo e deprimente de Obama na Assembleia Geral é prova disso.

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Will work for food

por Fernando Lopes, 15 Set 11


É difícil mas necessário ironizar casos como o de um homem escravizado desde 2006. Representa apenas as medidas tendentes a desvalorizar o factor trabalho como a redução da TSU, a facilitação dos despedimentos, a eternização dos contratos a prazo ou os recibos verdes. Num mundo global, para competir com os custos de produção chineses, teremos todos de nos tornar "chineses". Todo o programa do governo aponta neste sentido. O que estes homens fizeram é de uma crueldade e desumanidade extremas. E no entanto, após a completa implementação das medidas das troika no que ao trabalho respeita, não ficaremos muito melhor. Com o desemprego e a minimização das prestações sociais não estamos longe do tempo em que "trabalharemos por comida".

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Coisas que me deixam louco ...

por Fernando Lopes, 14 Set 11


Para quê concentrarmo-nos no cumprimento do memorando se o PSD grita aos quatro ventos que quer "ir para além da troika". Porquê esta obsessão de bom aluno, que faz mais trabalhos de casa do que o professor solicita? Qual a motivação para tal servilismo? Porque não procuramos fazer lobby com os países em situação idêntica à nossa? A Europa desmorona-se, sem ideias ou rumo, navegando à vista perante a avidez dos mercados. A única solução para que não entremos em default como provavelmente acontecerá à Grécia é uma renegociação da dívida. Uma renegociação conjunta dos países intervencionados. É menos penalizante para os povos proceder a um ajustamento orçamental de 5% em 10 anos do que em 2. Caso não seja este o caminho adoptado o efeito-dominó será inevitável e a Grécia arrastará Portugal para fora do euro, Portugal a Irlanda, a Irlanda a Espanha, esta a Itália e por aí fora. Ou serei eu que estou errado?

Actualização: [Declarações de Christine Lagarde] "A resposta da Europa à crise da dívida, disse, deve equilibrar-se entre “medidas necessárias para promover o crescimento a curto prazo” e preservar “a consolidação orçamental a médio e longo prazo”.

Imagem roubada daqui.

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Ya Vol, Mein Fuhrer!

por Fernando Lopes, 11 Set 11

 “as bandeiras dos pecadores da dívida poderiam ser colocadas a meia haste nos edifícios da União Europeia”
E uma estrela no casaco, não? Há coisas que nunca mudam...

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Até o negócio da morte está em crise!

por Fernando Lopes, 28 Ago 11


Até o negócio da morte está em crise. Na secção da Necrologia do JN já se fazem descontos nos anúncios das missas de 7º e 30º dia.

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Em cuecas ficamos nós ...

por Fernando Lopes, 20 Ago 11


Ontem o palhaço actou em Porto Santo. O Bokassa da Madeira mantêm-se à margem da austeridade porque "atirar a toalha ao chão" não é com ele. Claro que não, basta agitar o independentismo e as mais de três décadas de vitórias para o PSD que logo PPC afogará o "problema Madeira" com dinheiro de todos os contribuintes, madeirenses ou não. Sacrifícios sim, mas só para alguns. Ficamos nós em cuecas que AJJ vai continuar a gastar à tripa forra.

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Gabriel (Nunca Serão)

por Fernando Lopes, 15 Ago 11

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