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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 21 Nov 13
Amanhã vou testemunhar a trasladação dos restos mortais da avó para um ossário. É um momento difícil, a avó foi quem me criou, apoiou e mimou durante trinta anos. Já passaram oito sobre a sua morte e não há um único dia que não me recorde dela, viva e bem viva na minha memória. Esta situação difícil trouxe-me à lembrança pormenores desconcertantes que me deixam possesso. O homem cria objectos que lhe sobrevivem, e isso mexe comigo. Irritou-me ver que um pequeno pente de plástico do pai ainda anda lá por casa, risonho e incólume, vinte anos após a sua morte. Vociferei quando o coveiro que desenterrou a ossada do avô apareceu com um punhado de canetas de tinta permanente com que tinha sido enterrado. Na atrapalhação vestimos-lhe um casaco em que tinha as suas adoradas canetas de tinta permanente. As putas das canetas sobreviveram ao avô. Há algo que mais demonstrativo da nossa insignificância que isto?
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...
Um abraço.