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Cansado dos «fogareiros».

por Fernando Lopes, 20 Set 18

Os mais novos não saberão que «fogareiro» era gíria para taxista. Na minha experiência contam-se pelos dedos de uma mão os taxistas educados, com o carro limpo e cortesia bastante para merecerem o qualificação de profissionais. Há-os, mas são tão raros como gambozinos. Como automobilista é melhor nem me pronunciar sobre a delicadeza, urbanidade e respeito pelas regras de trânsito destes senhores. Uma parte substancial pensa que as ruas e avenidas são suas, os outros cidadãos motorizados meros obstáculos postos ali para seu infortúnio. Colocando fora da equação a justeza das reivindicações, que vista no tempo, me parece tão pertinente como a dos escriturários a favor da tinta permanente e contra a máquina de escrever, pergunto-me o que lhes dá o direito de ocupar as ruas que são de todos. Mais ainda, fazê-lo no reino da impunidade como se tivessem usucapião das nossas principais avenidas. Não sou contra que os senhores se manifestem, lutem pelo que acham ser os seus direitos, peçam audiências a ceca e meca. Já ocuparem ruas de modo semi-permanente é um abuso de uma classe para com os seus concidadãos, com o beneplácito das autoridades. Cá por mim apetece-me mandá-los enfiar os táxis e os taxímetros onde o sol não brilha.

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Envelhecer não é pecado.

por Fernando Lopes, 11 Set 18

A sociedade inteira anda obcecada em ser jovem, ou pelo menos aparentá-lo. É humano que cada um tente ter o melhor aspecto possível, alimenta o ego, a auto-confiança, mais do que isso, é muitas vezes um elemento facilitador para estabelecer relações pessoais e profissionais. Contra mim falo, há mais de dois anos que restrinjo as calorias que ingiro para não ter um ar pesadão. Vejo tipos bem passados dos cinquenta a pintarem os cabelinhos de preto, outros ainda a escolher fatos slim fit onde parecem prestes a explodir, alguns que tomam banho em perfume para animar o nariz e tapar a vista das senhoras. Meus amigos, vamos ter em conta um pequeno pormenor: Facto - não somos os tipos que éramos, a maioria de nós envelheceu muito, engordou, perdeu cabelo ou este mudou de cor. Facto – não é por andarmos com fato dois números abaixo do nosso, pintarmos o cabelo ou banhar-mo-nos em leite de burra que a coisa vai melhorar. Facto – a vitalidade vai esmorecendo, o tempo que tínhamos sexo três ou quatro vezes no mesmo dia já lá vai, é melhor assumir que as actividades fodengas são mais escassas porque o corpo, que não a vontade, já não são o que eram. Vamos deixar de tentar parecer gajos de trinta quando temos cinquenta. Chegados a esta provecta idade, vamos defendê-la com uma em que ainda valemos muito, senão pela estética, pela alegria, boa disposição, capacidade de fazer rir de nós e dos outros. Pode ser?

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