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Nunca mais vou ao S. João com velhos...

por Fernando Lopes, 25 Jun 18

Sou um rapaz festeiro, onde houver farra, estou batidinho. Celebrei o São João com os amigos de sempre, sardinhas, pimentos, bifanas, cerveja e verde-branco com fartura, por um preço mais que módico. O pior foi depois. Desaparecem uns com as criancinhas – um belo pretexto para se porem mais cedo ao fresco – outros por isto e aquilo vão fugindo da liça. Ficamos pouco mais de meia-dúzia para passarinhar entre as Fontaínhas e a baixa. Nos Aliados tocava o sempiterno José Cid, o Bruce Springsteen à portuguesa. Enquanto o povo bater palmas e ele se estiver a divertir, vai tocando. Devem ter sido praí umas três horas de Cid. Sei bem que a comparação entre Springsteen e Cid é pouco lisonjeira para o americano, mas cada povo tem o Springsteen que merece. Doem-me as costas, tenho amanhã os meus sogros e fófófó fófófó, fiquei eu e a Sónia. Martelamos, conversamos, acabamos a noite a comer Baos, uma espécie de hamburguer de Taiwan, e a beber cerveja. Pró ano, só vou com malta como a Sónia ou arranjo uma rusga de miudagem. Porra, pra velho basto eu, e um S. João terminado antes das 6:00, é porque não valeu a pena.

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Vais armar-te em camelo outra vez, Fernando?

por Fernando Lopes, 20 Jun 18

tunisia_douz.jpgTunísia, Douz, 1999

 

 

Inevitavelmente. Ser um camelo é das actividade que faço melhor e mais amiúde. Às vezes sou um camelo involuntário, outras tantas por destemperança, outras ainda porque prefiro cerrar narinas e pálpebras para não deixar penetrar a areia do mau-carácter e da estupidez. Ser camelo é para alguns de nós modo de defesa, para uns outros tantos apenas a sua natureza. Vivo rodeado deles, uma cáfila que se reconhece entre si, e que, de modo canino, cheira o cu ao alfa a modo de submissão enquanto aguarda por oportunidade para traiçoeira dentada.

 

Este post não tem no entanto nada a ver com os camelos que por aí pululam e prosperam, mas com as férias. Depois de voltas e reviravoltas, se tudo correr como esperado, vou passar uns dias ao Dubai, esse eldorado feito à custa de petróleo, sangue, suor e desespero dos emigrantes, uma força invisível sem a qual o emirado não poderia ostentar o luxo e as maravilhas arquitectónicas porque é famoso.

 

Procurar os lados solar e lunar de um local como este não é fácil, tudo está orientado para as experiências positivas, agradáveis, como se a vida fosse nada mais que uma polaroid de um momento feliz. Sem expectativas, mas com atenção, curiosidade e espírito crítico. Eu depois conto.

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