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Clube do Bolinha.

por Fernando Lopes, 5 Jul 16

Um comentário ali abaixo da alexandra g. fez-sorrir porque versa um tema que os próprios homens se recusam a analisar. No fundo, no fundo, de que são compostas as conversas de gajos? Há um tema universal e omnipresente: mulheres. Falamos sempre de mulheres nem que tenhamos de ir ao Pólo Norte e vir para as conseguir encaixar na conversa. Nisso somos iguaizinhos. Depois as discussões «vareiam». Há os malucos da bola que sabem o resultado do Famalicão-Tirsense de 1983; os confessionais que fartos de serem mal-tratados em casa desabafam com qualquer cão e gato sobre os seus problemas afectivo-familiares; os que lêem e recomendam essas coisas com letras uns aos outros; os que ficam silenciosos no canto como se aquilo não fosse nada com eles; os fala-barato que têm opinião sobre tudo; os cagões que acham que o último modelo Jaguar os fará serem mais respeitados por machos e desejados por fêmeas; os místicos que procuram o caminho do sagrado através de algo profano como cervejas frescas e mulheres fáceis; os que amam a sua «esponja» e no entanto lhe porão os cornos à primeira oportunidade; os intelectuais, que falam, falam, sem que ninguém os perceba ou esteja sequer verdadeiramente interessado; o que tem sempre um engate novo para contar; os maluquinhos das motas; os que abarcam todas estas categorias e ainda mais algumas por nomear. Obviamente não são conversas fechadas: conseguimos discutir política, gabar as proezas dos filhos, e apreciar o cu da empregada do bar, tudo ao mesmo tempo.

 

No fundo, tirando as temáticas, as conversas de gajo devem ser iguaizinhas às de gaja.

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