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Em Portugal é difícil emagrecer.

por Fernando Lopes, 15 Out 15

Absolutamente insensível a modas e novidades gastronómicas, forreta para não gastar dinheiro em restaurantes na berra, sou o que se convencionou chamar um bom garfo, quase sempre com apetite, defensor incondicional da comida tradicional portuguesa.

 

As modas chegam e invadem tudo, há que inovar para atrair clientela. A «Conga» uma casa na rua do Bonjardim especializada em bifanas, tornou-se famosa pela qualidade da carne utilizada e pelo molho. As más-línguas dizem que o panelão de molho era sempre o mesmo, sendo apenas acrescentado quando ameaçava acabar. Nada de novo já que os alemães também não lavam os tachos e formas dos bolos, ao que consta para manter o sabor. Agora já serve coisas entre o tradicional e o cagão como folhado de alheira em cama de rúcula.

 

Almoço todos os dias por uns humildes 6,50, e se soubermos ir aos sítios certos não se come mesmo nada mal. Ontem tive o prazer de partilhar mesa com um amigo blogosférico e tratamos por tu um bife com ovo a cavalo. O amigo é de carne e osso – mais osso que carne – e bateu-se com galhardia com o pedaço de vaca que lhe estava destinado.

 

Hoje cheguei com ideias de peixe, mas sucumbi face a umas excelentes tripas. Tripas dignas de tal nome têm de incluir folhos, favos e touca. Hoje em dia poucos restaurantes usam touca por ser basicamente gordura. Eu gosto, estas tinham. Os cominhos também são essenciais. Saí como um príncipe por uma quantia que não daria para um Big Mac na maior parte da Europa.

 

Não admira que em Portugal seja difícil emagrecer.

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