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O banco de esperma como forma de egoísmo.

por Fernando Lopes, 14 Set 15

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 Imagem: http://www.theguardian.com/

 

Sou libertário em matéria de costumes, mas não posso deixar de me surpreender com a normalidade com que a sociedade – e neste caso as mulheres dinamarquesas – encaram o recurso a bancos de esperma. Neste artigo do The Guardian, reclama-se a naturalidade de mulheres recorrerem a este método para engravidarem.

 

Uma parte já representativa das mulheres, principalmente com estudos superiores, recorrem à «produção independente». Se num caso ou noutro me parece perfeitamente legítimo, as razões dadas por estas mães, tão dotadas de estudos, são de uma estupidez confrangedora. Podem ler-se motivos como: «dois terços tinham tido uma relação e queriam ficar grávidas, mas os parceiros não estavam preparados»; «Conheci homens que estavam principalmente interessados nas suas carreiras ou na Playstation».

 

A parentalidade não é coisa que se encare com ânimo leve, ou algo trendy, é um processo feito por um casal, hetero ou homo que têm o projecto comum de criar uma família. Ter um filho é materializar o amor por uma pessoa, ninguém materializa amor por um banco de esperma. É reconhecer na criança a triplicidade que presidiu à sua concepção, ver nela características suas e nossas, o melhor de todos.

 

As dras. dinamarquesas mentem com quando dentes têm. O que desejam é ter um filho sem ter de aturar um homem. Não arranjem desculpas, assumam-no. É um acto egoísta, de quero, posso, e tenho.

 

No meio da reportagem, uma outra referem-se aos avós como uma espécie de pais substitutos. Uma grande confusão pois embora os avôs possa ser uma figura paternal, a distância de interesses e geracional raramente permitirá uma cumplicidade idêntica à de uma relação pai-filho.

 

Nenhuma dinamarquesa me lerá, mas quero explicar-lhes que um pai é aquele que muda orgulhosamente a fralda, joga, conta histórias, leva à escola, joga à bola, ensina a fazer partidas, aconchega à noite, que dá aos filhos uma perspectiva masculina do mundo. Porque minhas senhoras, lamentavelmente, este mundo também é composto também por homens.

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