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Coisas que me deixam possesso…

por Fernando Lopes, 2 Jul 15

ir ao cinema, pagar bilhete, e ser obrigado a levar com vinte (20) minutos de publicidade depois da hora marcada para o início do filme. O monopólio da exibição cinematográfica propicia este tipo de abuso. Até sou do tipo «deixa andar», mas desta vez, se não estivesse com pressa, tinha pedido o livro de reclamações. Para o raio que os parta.

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Preso na normalidade.

por Fernando Lopes, 2 Jul 15

Carrego comigo inquestionável fascínio e admiração relativamente às pessoas libertinas, não tanto as sexualmente livres, mas as que ignoraram convenções, ideologias, e vivem(ram) à margem por opção ou porque foram empurradas para tal. É sempre nas margens que está o que interessa conhecer, o quê ou quem é livre, algo que derruba barreiras.

 

Reflectindo friamente, é um modo absolutamente egoísta, onanista, de se viver. Estar preso na normalidade é talvez um modo mais sofrido, com mais compaixão, de encarar o mundo e os outros. Porque a humanidade é constituída por todos, homens e mulheres, bêbados e sóbrios, adictos e não dependentes, viver uma vida anónima para cuidar de si, e principalmente dos outros, pode não ser poético, inspirador, quebrador de convenções, mas é absoluta e inquestionavelmente respeitável.

 

Tomemos-me como exemplo. Sou um cuidador que necessita de ser cuidado. Em algumas trivialidades do dia-a-dia sou tão inapto como uma criança de cinco anos, emocionalmente, um funâmbulo. E no entanto cuido da minha mulher e filha com desvelo, como se fossem um membro do meu corpo.

 

O egoísmo de viver a «minha vida» nunca se sobrepôs aos cuidados, carinho e atenção que lhes devo. Há um modo bom e um mau? O «altruísmo» que carrega a vida familiar matou-me os sonhos, ou serei melhor ser humano assim, encarcerado nesta prisão de normalidade pequeno-burguesa?

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