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Não-Pessoas.

por Fernando Lopes, 31 Mai 15

Considero-me uma pessoa de pessoas; gosto de pessoas de um modo geral, algumas estabeleceram poiso seguro no meu peito. No entanto, nestes últimos dias, não quero ver ou falar com ninguém. Porque as não-pessoas, uns seres humanos repelentes, sem dignidade, carácter, sabedoria que se veja, encontro-os em todo o lado. Cheiram a enxofre, têm um maquiavelismo tão diminuto como a sua estatura humana. Sussurram em vez de falar, alimentam-se da pequena intriga, parecem sabujo feliz com o fétido do ar.

 

Impregnam tudo e fazem-me esconder repugnado. Pensei consultar um psicólogo, vidente ou bruxo, que me dessem químico ou unguento para afastar esta peste, capaz de manter os meus níveis de desprezo tão altos como sempre.

 

Amanhã é um novo dia, tempo de sair da toca, voltar a vestir a armadura, caminhar direito, embeber-me em repelente e ignorar as não-pessoas. Sei que estarás por aí, a acolher-me no teu abraço invisível de terna amante, me passarás os dedos etéreos pelo cabelo, me sussurrarás, shhhh. E tudo estará bem.

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