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Dura realidade.

por Fernando Lopes, 15 Mar 15

coisas que nunca mudam.jpg

 

Fim-de-semana deveria ser tempo de descanso. Um equívoco, pois se para este que vos escreve o repouso ideal seria dormir, comer e ler um livro, nenhuma destas tarefas foi levada a cabo com a probidade devida. Como se celebrava o décimo aniversário da minha única herdeira, passei a tarde num campo de paintball onde os infantes se iniciam nas artes da estratégia.

 

Um que se lamenta porque a «arma» não dispara, outro todo manchado de amarelo com um pinto saído da casca, as raparigas que ganham sucessivamente jogos até terem de ser colocadas em descanso forçado para gáudio dos machos perdedores. Tudo isto acompanhado de muita gritaria e algumas tensões como acontece sempre quando tens vinte ranhosos juntos.

 

Convidam-me para um copo nocturno; elas a dizer que não, que devia ficar a fazer-lhes companhia a ver o Masterchef, eu que sou um mastereater e que odeio o novo-riquismo culinário que por aí grassa.  Vou beber uma cerveja ao bar «Aduela». Achava muito mais graça ao local quando não estava na moda, agora foi invadido por uma corja de wannabe armada ao intelectual. Dirijo-me às instalações sanitárias, e bem lá no alto está escrita a sentença acima: além de velho estou a ficar com o cabelo ralinho no cocuruto. Um choque de realidade que bem se dispensa. Se alguém me fala na maravilha que foi o seu fim-de-semana, não respondo por mim.

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