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Raramente frequento cerimónias religiosas, sou ateu, sem no entanto deixar de reconhecer a importância da instituição no apoio social e a relevância cultural que possui. Hoje, por celebração da memória do pai de um amigo que é como um irmão, assisti a uma missa de 7º dia. A homilia surpreendeu-me. O padre falou em compadrio, corrupção, fome. Para um sacerdote execrar publicamente e de um modo não muito subtil o governo e o estado a que o país chegou, é porque percepciona algo de muito grave e fracturante na sociedade portuguesa. Quando os actores religiosos não conseguem conter publicamente um discurso de revolta, é sinal de que o fim do mundo pode não ser hoje, mas está certamente próximo. O passo seguinte poderá ser a passagem da teologia da resignação à da revolta. Há um cheiro a pólvora no ar, e alguns clérigos já o pressentem, enquanto Borges, Relvas, Passos e Cª Ldª se entretêm a brincar ao monopólio com as empresas públicas portuguesas. Temei, porque um segundo mais tarde pode ser um segundo tarde demais.

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