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Batô

por Fernando Lopes, 26 Set 12

 

 

Assim mesmo, num aportuguesamento desavergonhado do francês. A quem tem menos de 35 anos e não é do Porto, o nome pouco dirá. É uma discoteca de pop-rock alternativo, provavelmente uma das últimas do género no país. Para os lisboetas, uma espécie de alma gémea do 2001 no Estoril, em versão kitsch. O local pretende recriar uma velha nau, com almas dançantes a acotovelarem-se no convés. Nos anos em que a rádio exercia o papel de divulgadora da música popular, era lá que se podiam ouvir as novidades chegadas de Londres ou Nova Iorque. O local ganhou uma aura mítica e ainda hoje é abalroado por várias gerações amantes da música popular de origem anglo-saxónica. Na última quinta feira de cada mês é proporcionada aos velhos clientes uma espécie de romagem da saudade, com música e preços dos anos 80 e 90. Se não se importa de encontrar um ex-punk, agora burguês e careca, se o seu coração não sangrar ao ver a brasa do liceu transformada numa matrona, vá. Vai encontrar caras da sua juventude, em muitos casos acompanhado(a)s pelos filhos. Fica aqui um cheirinho da música que passa(va) no tempo em que os animais falavam. Não ficará para a história, mas é divertida. Não vou lá estar, mas, por favor, bebam um copo por mim.  

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