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Toda esta história da TSU é a prova cabal que necessitamos de governantes que tenham feito alguma coisa na vida. Trabalhado, vá. Já não peço que saibam montar um quadro eléctrico ou que tenham sido metalúrgicos na Lisnave, mas, pelo menos, que tenham estado encafuados num escritório nove horas por dia, a fazer algo que o seu chefe é, em absoluto, incapaz de concretizar. Isto sim é a imagem de uma empresa portuguesa.

 

As empresas não são espaços de cooperação, mas de antagonismo. O interesse do patrão e do empregado são divergentes. Um quer pagar o menos e obter o máximo possível em bens e serviços, o outro só lá está porque precisa do dinheiro, quer fazer o mínimo pelo máximo de guita que conseguir. Cooperação, my ass.

 

A ideia peregrina de colocar os empregados a pagar aos patrões colocou centenas de milhares de portugueses nas ruas. Só podia vir destas abóboras que nos governam. Uns saltaram de gabinete em gabinete à pala de um mentor político. Outros viveram encafuados em áreas de estudos de entidades europeias ou banco centrais. Trabalhar à séria, foi situação porque nunca passaram. Desconhecem as pessoas, as suas angústias, modo de viver e pensar. Ignoram o ódio que temos às pretensas elites, na esmagadora maioria menos qualificadas e mais burras que os "colaboradores".

 

É lamentável que, num dos momentos mais críticos da nossa história recente, estejamos entregues a estes patetas que nunca saíram das suas torres de marfim. É, ao mesmo tempo, um momento de justiça poética. Cada povo tem aquilo que merece. Somos, como disse D. Carlos, "um povo de bananas, governados por sacanas".

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mais um dia em Portugal

por Fernando Lopes, 22 Set 12

Ah, o tempo. Oh, este tempo.
Para que servem os dias?
Para nos acordar, para colocar entre noites intermináveis.

 

E, entretanto, em todo o lado, cheques são devolvidos e contas bancárias são automaticamente fechadas.
Passwords expiram.
E todos fazem contas, comparam e prevêem.
Será o melhor dos tempos, o pior dos tempos, ou apenas um tempo?

 

 

adaptação minha de um poema de Laurie Anderson


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