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Trabalhei em telecomunicações de 1987 a 1999, colaborei com orgulho no primeiro projecto de comércio electrónico em Portugal. Chamava-se Multitel, e, com terminais de videotex era possível fazer compras de supermercado ou consultar o saldo do banco. Um case-study, que prova como uma boa ideia antes de o mercado estar maturado pode ser um fracasso. Serve este intróito para provar que nada tenho contra os meios electrónicos de comércio e até algum orgulho em ter participado em tão pioneiro projecto.

 

O que me irrita solenemente é que estão a desaparecer os objectos culturais. Queria comprar um CD que só existe para download. Ora bolas! Eu gosto das caixinhas e de as amontoar, de colocar as rodelas no leitor, de ver o booklet, de sentir o cheirinho a plástico. O mesmo com os livros. Andam os pancrácios com os iPads debaixo do braço, a ler no metro, nas esplanadas. É fixe ler e-books. Pode até ser, mas não gosto. Prefiro o cheiro a tinta, o peso do papel, a capa e contracapa. Quem habita um T1 em Tóquio ou tem uma biblioteca à Pacheco Pereira, certamente dará bom uso aos meios digitais. Gosto dos objectos, e não vou pagar 8,99€ para fazer o download de zeros e uns.

 

Agora que já desabafei, vou procurar o torrent do álbum que queria comprar. Como vêem, nem tudo é lucro fácil, acabam de se perder direitos de autor.

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