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"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better."
por Fernando Lopes, 30 Ago 12
Irresistível esta missiva ao Hospital Particular de Faro pelo Algarvio, em comentário a este post.
Caros senhores, em visita ao vosso serviço de urgências, preenchi o vosso inquérito de satisfação mas como o mesmo foi preenchido durante as 3 horas e 30 minutos de espera até ser atendido por um urologista, o qual se encontrava primeiro em consultas e depois a realizar uma cirurgia, não pude preencher o vosso questionário com total conhecimento de causa pois que o preenchi antes de completa a minha relação com os serviços. Lembro que pontuei quase todos os itens com "muito bom" e não pude tecer outras considerações o que agora faço.
A primeira sugestão seria aconselhar alguns princípios básicos de marketing num serviço 5 estrelas. Primeiro aconselharia alguma formalidade na realização das consultas, e não dar a sensação que se está no vão de escada de um prédio de construção cuidada, mas ainda assim "vão de escada" onde entra e sai este e aquele. Também sugeria que o médico lê-se o relatório das ecografias, para dar a sensação que o médico que realiza a consulta está pelo menos interessado na informação de outros profissionais de saúde. Também aconselho outros truques de marketing como, não começar após breve tempo do início da consulta, por pintar cenários negros que só se resolverão por operação cirúrgica urgente. É que pareceu óbvio que a única coisa importante era convencer-me a despender a soma de cinco mil euros que seria o custo da referida operação cirúrgica.
Acrescento que considerei caro o que considerei SERVIÇO DE TRIAGEM. Explico: o primeiro médico com quem falei, por 3 minutos, apenas me direccionou para o urologista e esse acto foi-me cobrado pela soma de 45€. Teria pago sem protesto os 80 e tal euros que custou a visita ao vosso estabelecimento de saúde pois tratava-se de consulta com um especialista, agora pagar 45€ a alguém só pelo facto de me enviar para outro alguém achei excessivo. Outro aspecto que caiu mal foi a cobrança de 2 € pela luva usada para o toque rectal (enquanto várias pessoas entravam e saíam), além dos 1,36 € pelo gel usado !!! É que parece coisa de merceeiro manhoso/ ganancioso que usa toda e qualquer estratégia para sacar dinheiro ao próximo, por ridículas que sejam as somas, sem a mínima preocupação com a percepção que o cliente possa ter de estar perante um adicto ao dinheiro.
Enfim, achei demasiado informal, a consulta, (na presença de outro alguém que parecia um amigo do urologista e que usava termos demasiado coloquiais como " FODINHAS" para se referir a relações sexuais, é que posso ter um aspecto alternativo mas quando estou a pagar gosto de alguma deferência. A consulta pareceu-me mais com uma prática COMERCIAL denominada de " VENDA AGRESSIVA" e menos uma consulta médica. Pareceu-me mais um "desenrascanço" que uma consulta médica a que estou habituado na medicina privada, mas pronto, agradeço a receita médica para a infecção detectada.
De resto gostei muito do ambiente de serenidade e da simpatia das assistentes na recepção e o contacto com enfermeiras e pessoal auxiliar. Mas pelos factos considero não voltar, nem a minha família, a usar o vosso serviço excepto em caso de extrema necessidade. Isto dito desejo a continuação de bons negócios.
Obrigado pela atenção dispensada.
por Fernando Lopes, 30 Ago 12
Da varanda do hotel onde estou hospedado tenho um posto de observação privilegiado sobre a ponte ferroviária do rio Gilão. Todos os dias, por volta das 19:15, passa um comboio no sentido Tavira-Vila Real de Santo António e passados minutos outro no sentido inverso. Envelhecido, lento, com apenas quatro ou cinco vagões de passageiros. O sol a pôr-se sobre o monte próximo torna-o translúcido. Nunca se vêem as silhuetas de passageiros, passa invariavelmente vazio.
Como sabem sou um defensor acérrimo dos serviços públicos, mas também da sua racionalização. Enquanto se insinua o regresso aos tratamentos de cobalto para os doentes com cancro por falta de verba, carruagens circulam vazias, sem préstimo ou serventia.
Num estado à míngua, sobre ocupação dos homens de negro, é isso que faz sentido: deslocar os recursos para onde são mais necessários, optimizar o dinheiros dos nossos impostos em vez de ter comboios fantasma a circular vazios só porque sim, para conforto psicológico de uma população que exige a permanência de serviços que raramente utiliza.
por Fernando Lopes, 28 Ago 12
Para quem se insurgia contra facilitismo das "Novas Oportunidades", o episódio trágico cómico da licenciatura de Relvas e as declarações de Jorge Moreira da Silva, a pedir "boa vontade" à troika, são um momento de justiça poética. O facilitismo só é mau quando se aplica aos outros.
por Fernando Lopes, 28 Ago 12
Um refugiado é vítima de perseguição por questões de raça, nacionalidade, convicções políticas e/ou religiosas. Quando Portugal se disponibiliza para acolher pessoas de todo o mundo deveria ter a maior atenção com quem já foi vítima de incontáveis perseguições e sofrimento. Em vez disso, e num centro de acolhimento sobrelotado, quando se recusam a saír de um local onde já habitam em condições degradantes, são tratados a gás pimenta.
Temos fama de tratar bem os nossos hóspedes, pelo menos os endinheirados. Faça-se o mesmo com os que nos disponibilizamos a receber. Envergonha-me um estado que trata com mesuras a cleptocracia angolana e empurra para condições sub-humanas os fracos e oprimidos que acolheu.
por Fernando Lopes, 27 Ago 12
Em Vila Real de Santo António, entre atoalhados e roupa interior, uma vaca portuguesa, resiste, orgulhosamente, à invasão espanhola.
por Fernando Lopes, 26 Ago 12
quando duas senhoras de 50 metem conversa na fila de lavagem de carros de uma bomba de gasolina. Parece que o "modelo" as impressionou, não sei se pela beleza discreta, se pela elevada "cavalagem". É sempre simpático, e como diz o povo "galinha velha ainda faz boa canja", mas aqui entre nós que ninguém nos ouve, tenho saudades dos tempos dos piropos das miúdas de 30.
por Fernando Lopes, 24 Ago 12
ver o primeiro-ministro de um país da UE, ar constrangido, pedir mais tempo à chanceler Merkel. Estamos a assitir ao anschluss do século XXI.
por Fernando Lopes, 23 Ago 12
Tínhamos planeado passar uns dias nos Arcos. Uma oferta last minute trouxe-nos de novo ao Algarve, desta vez a Tavira. Em Julho tinha trocado o meu velho identificador. Uma das particularidades do novo modelo, é o apitar cada vez que passamos uma portagem. Devo dizer que gostei sobremaneira de circular na A22, vulgarmente conhecida como Via do Infante. Com o novo aparelho e no percurso de Albufeira a Tavira a coisa apitou três ou quatro vezes. Algo muito similar a um jogo de vídeo ou às caixas de supermercado. Os algarvios que necessitem de percorrer esta auto-estrada, no fim do percurso certamente irão à mala do carro convictos que foram às compras. Não foram, mas gastaram dinheiro à mesma. É que após cada apito lá saem um euritos do bolso.
por Fernando Lopes, 22 Ago 12
Não tenho nada contra os madeirenses excepção feita à falta de senso eleitoral, característica que também se estende ao continente. Parece evidente que os nossos compatriotas das ilhas estão a passar um mau bocado, em particular numa ilha onde o emprego depende do turismo ou do estado. Sem cheta, menos turismo, menos obras, menos estado, mais desemprego e dificuldades. Até aqui tudo isto é aceitável e faz parte do jogo político. Mas o velho Alberto João, demagogo encartado, elege um inimigo externo, o continente. Eu proponho o contrário. Faça-se o referendo no continente e pergunte-se se desejamos a independência da Madeira. Em caso afirmativo fica a dívida saldada e ainda podem ficar com o Bokassa de brinde.
por Fernando Lopes, 22 Ago 12
Interessante chegar aqui anos mais tarde aqui e pe...
Achei muito interessante atualmente esta sua posta...
boa tarde , estive neste sitio esta semana e pergu...
O Pretinho do Japão é citado, como profeta, em Ram...