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Habitualmente disponho de uma paciência quase infinita no que toca a inquéritos telefónicos. Sei que quem está do outro lado necessita das respostas, e delas depende, muitas vezes, o seu vencimento. Já não há inquéritos que me surpreendam, pensava eu. Lembro-me de me ter recusado a responder apenas uma vez, quando me começaram a repetir as perguntas:
- Já me perguntou isso.
- Sim, eu sei, estamos a verificar a validade das suas respostas.
- Se está a duvidar do que lhe disse, o inquérito fica por aqui. Boa noite.
Isto era o mais estranho que me tinha acontecido. Até hoje. Após um extenso inquérito sobre o que pensava e valorava na EDP, o entrevistador começa a fazer-me perguntas pessoais:
- Quantas pessoas habitam no seu agregado?
- Três.
- Considera-se uma pessoa triste ou alegre?
- Depende. Alegre, normalmente.
- É de temperamento calmo ou nervoso?
- Como??!!
- O Sr. desculpe, mas estas perguntas fazem parte do questionário.
- Ó meu caro, a EDP não têm nada a ver com a minha personalidade, se sou triste ou alegre, rico ou pobre, magro ou gordo. Temos um contrato. A EDP fornece-me energia eléctrica e eu pago. A minha vida pessoal e a minha personalidade não são do interesse da EDP e recuso-me a responder a tamanho disparate.

 

Soltei uma sonora gargalhada e o meu interlocutor também não consegui deixar de se rir. O mentecapto que elaborou este inquérito devia ser despedido. Deve estar, no entanto, a ganhar uma pipa de massa para criar estas cretinices. Provavelmente virá descriminado na próxima factura. Apoio psicológico e avalição de clientes: 10 €.

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