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Cada vez que faço um check-up, um doutor olha para mim com ar grave e dá-me o respectivo ralhete. Já me habituei a que este templo seja acometido dos achaques próprios da meia idade. Resolvi também não me dar demasiada importância. Primeiro foi o AVC (sim, tenho um parafuso queimado, o que pode ser comprovado através de ressonância magnética), depois o colesterol, agora mandam-me estar atento à glicose. Parece que estou pré-diabético. Ora o estado de pré é particularmente irritante, não é carne nem peixe, dramático para um tipo como eu, pouco dado a meias tintas. Um pré qualquer coisa não atingiu ainda o estádio que se propõe alcançar. Um pré é um doentus interreptus, que ainda não está mal, mas também não está bem. Detesto ser pré. O bom do doutor poderia ter-me dito a verdade. Sou homem para encarar os factos. Já percebi que estou pré-velho, cheio de pré-maleitas. Aviso-te corpo, imbuído do espírito dionisíaco que sempre me acompanhou, vou continuar a viver como bem me apetece. Venha lá os prés que vierem.

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