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Tony Nicklinson ou o direito a morrer

por Fernando Lopes, 6 Jul 12

 

Nicklinson é um ex-desportista e engenheiro que após um ataque ficou com o corpo totalmente paralisado e um cérebro perfeitamente funcional. Apenas consegue mover os olhos e comunicar via computador, estando dependente para tudo o resto.

 

Não decidimos como, onde, quando e de quem nascemos. Que a lei, agarrada à ética judaico-cristã, não nos permita, em determinadas circunstâncias, escolher a hora da nossa morte é uma idiossincrasia típica do mundo ocidental.

 

Este homem não pode ir à Suíça para uma morte medicamente assistida, uma vez que, segundo a lei helvética, a droga letal deve ser administrada pelo próprio. Um caso particularmente complexo em que a justiça britânica tem negado o direito a morrer.

 

Qualquer um de nós, em situação idêntica, devia poder escolher a possibilidade de morrer de uma forma digna. Se a eutanásia é o único meio de libertação deste homem, cujo corpo se tornou fonte de angústia e sofrimento constante, uma prisão de que o próprio não se consegue libertar, tal não lhe devia ser negado.

 

Podem os defensores do direito à vida debitar o habitual discurso alienado,  mas sobreviver, para este homem já não é um direito, antes condenação.

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