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pagar para trabalhar

por Fernando Lopes, 18 Abr 12

Entre trabalho extra não remunerado, banco de horas e formações nocturnas, nestes últimos tempos tenho tido dificuldade em cruzar-me com a senhora que dorme cá em casa. Ontem, injustamente, manifestei descontentamento sobre o abandono forçado a que temos sido votados. A filha mantêm-se de olhos arregalados até às 11 da noite, à espera da mãe. Sei bem que os tempos estão difíceis, que a ofensiva patronal a coberto da crise é cada vez maior. Mas, entre formações pagas pelo formando em horário pós-laboral, jóias para a ordem, quotas do sindicato e despesas de deslocação, qualquer dia há classes sócio-profissionais a pagar para trabalhar.

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Pérolas de porcos

por Fernando Lopes, 18 Abr 12

De actos pedófilos em série, a castrações, como foi conhecido recentemente na Holanda, a Igreja Católica nunca soube lidar com a sexualidade. Compreende-se mal a intolerância relativamente à adopção por homossexuais. Ao contrário do que pensa o grande Arquitecto Saraiva, a homossexualidade não é uma opção, nem contagiosa. Os homossexuais são filhos de heterossexuais e, estranhamente, não foram contagiados pela sexualidade dos pais. É justo pensar que o inverso será também verdade.

Um casal disposto a adoptar, independentemente da orientação sexual, deverá ser estruturado. Essa avaliação compete a uma equipa de psiquiatras e psicólogos. Não há garantias, como não existem num casal "normal". Os maus tratos, a negligência, a pressão psicológica, não têm sexo.

Não tenho certezas nesta matéria, mas tendo a concordar com a adopção por casais homossexuais. Confunde-me no entanto que um prelado se sinta qualificado para discorrer sobre este fenómeno e a família em geral. Não reconheço a quem não constituiu família, forçado a ser celibatário, a capacidade para dar orientações sobre sexo ou adopção. Ainda mais integrando uma instituição com milhares de membros possuidores de uma tão extensa lista de pecados, que executada, os levaria directamente ao inferno, sem passar pela casa de partida. E, no entanto, fazem-no. Como diria a mítica Alcina Lameiras, "Não negue à partida uma ciência que desconhece."

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