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Racionalidade ou dieta forçada?

por Fernando Lopes, 12 Mar 12

Bacalhau à Braz

Os portugueses são, em geral, um bocado gorditos. Consumimos com relativa frequência bombas calóricas que fazem parte da nossa cozinha tradicional. Uma feijoada, cozido à portuguesa, costeleta panada, bacalhau à Braz são alguns dos meus pratos favoritos, que contêm calorias em número suficiente para pôr de cabelos em pé qualquer nutricionista. Um dos indicadores mais fiáveis de bem-estar é o consumo de bens alimentares. Regista-se o primeiro recuo no consumo desde que existem registos sistematizados. A queda de valor no consumo pode significar a racionalidade dos portugueses nas suas compras, optando mais por produtos de marca branca, mais económicos, ou um sinal de que existem famílias que já estão a cortar na alimentação. Pela primeira vez desde 1971 as despesas com alimentação estagnaram ou  diminuíram. Numa observação empírica noto que são as classes com menos poder de compra que tendem a preferir os produtos de marca. É natural. Preferir produtos sem marca parece coisa de pobre, e ninguém quer menos aparentar pobreza do que os que dela se libertaram recentemente. Quanto mais informado o consumidor, mais tende a optar pelas marcas próprias das grandes cadeias de distribuição. Racionalidade ou dieta forçada?

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Alá não é obrigado

por Fernando Lopes, 12 Mar 12

 

A propósito deste vídeo e dos meninos-soldados em África, lembrei-me deste livro, que li há já muito tempo.

"Alá não é Obrigado" é uma obra tão peculiar quanto o seu protagonista e narrador, Birahima, um menino soldado que assiste à morte da mãe e que para sobreviver, sai da sua aldeia em busca da sua sua tia, a única pessoa que pode cuidar dele. Da Costa do Marfim à Serra Leoa, passando pela Libéria, este órfão de "dez ou doze anos" irá passar por diversos exércitos de guerrilheiros, cujos líderes constituem uma riquíssima paleta de personagens inesquecíveis, pelas piores razões: há loucos e sádicos, psicopatas e figuras ridículas. A traição, a morte, a tortura e a mutilação são lugares-comuns por aquelas paragens. O próprio Birahima não é inocente nem culpado. É apenas uma criança que já viu demasiada violência e morte e de quem, à partida, se poderá pensar que já não possuir qualquer noção do Bem e do Mal..."

Para quem quiser ir além da espuma das campanhas, do folclore das pulseiras e cartazes, porque como se diz na primeira frase da obra, "Alá não é obrigado a ser justo em todas as coisas desta Terra."

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